Claret Contigo

Claret Contigo – 15 de setembro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

15 de setembro de 2020 – Dores de Maria

“Agradará a Maria quem procurar receber dignamente e amiúde a sagrada eucaristia, tendo Jesus depositado em seu coração como em um sacrário e acompanhar tão aflita Mãe em sua solidão tão angustiada” (Explicação da pomba [=Resumo dos principais documentos…]. Barcelona, 1848; p. 31).

O QUE MAIS AGRADA A MARIA

As dores de Maria, que Claret nos convida a ter presentes, iniciam-se logo depois do nascimento de Jesus e terminam quando Maria deixa sepultado o corpo do seu Filho depois de vê-lo crucificado e segurá-lo morto em seus braços ao pé da cruz. Na frase de Claret está latente a imagem do sepulcro: Jesus crucificado, o que foi depositado no túmulo, pode estar também em nosso coração.

Com a linguagem do seu tempo, dificilmente poderia ter usado outra, Claret exorta a receber dignamente e amiúde a Eucaristia. Um século depois, depois da imensa experiência de graça que abundou no Concílio Vaticano II, a Igreja, sem renunciar ao ‘receber’, nos convida mais a ‘celebrar’. As demais expressões mantém seu sentido: podemos celebrar mais ou menos dignamente e fazê-lo com maior ou menor frequência.

É uma bela lembrança aquela dos cristãos do século IV que foram à morte afirmando: ‘sem celebrar o domingo não podemos viver’! Esta frase continua fazendo-se realidade em milhares de crentes que, para participarem da assembleia eucarística do fim de semana, fazem muitos quilômetros ou caminham uns poucos metros com um imenso esforço. Sem a Eucaristia não podemos viver. Sua celebração frequente se converte em nossa força e em uma excepcional experiência de graça.

As coisas mais valiosas da vida somente as apreciamos em sua justa medida quando não as temos mais. Nos países que tiveram igrejas cheias de vida, muitas comunidades, hoje devem contentar-se com uma eucaristia mensal. Demos valor ao que temos, à celebração eucarística frequente, ao privilégio de podermos nos aproximar do sacrário e escutar Jesus e conversar com Ele.

A Eucaristia tem na sua vida o papel que deveria ter? O que lhe sugere o convite de Claret a celebrá-la com dignidade e amiúde?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 14 de setembro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

14 de setembro de 2020

“Quando um instituto, convento, não tem espírito, morto está; não fará caso de avisos, nem de disposições, por mais sábias, santas e caritativas que sejam” (Notas sobre o Concílio Vaticano I, em AEC p. 578).

SÓ O ESPÍRITO VIVIFICA

Para Claret é o espírito que nos mantém em pé. Isto é, é o espírito que nos permite estar em pé diante das dificuldades e dos desafios. E é nas coisas pequenas onde se prova a consistência deste espírito.

Aconteceram muitas tentativas de reformas dentro da vida cristã e religiosa, mas somente tiveram sucesso as que vieram precedidas de uma grande escuta do Espírito. E nunca se deve esquecer que “reformar” é recuperar a forma perdida. Costumamos dizer: “estar em forma”; isto é obra de um espírito que sabe escutar o Espírito. Normalmente o que faz o Espírito é amolecer o coração do homem para ganhar em sensibilidade.

O Concílio Vaticano II convidou a todas as ordens e congregações religiosas a voltarem ao espírito do Fundador ou Fundadora. Não se trata de voltar àquela época, nem aos costumes e modelos de então, mas ao ‘espírito’. E isto não é fácil. Por isso Claret dizia: “é mais fácil fundar de novo que reformar”. Toda reforma verdadeira exige estudo e discernimento. Com o estudo se pode superar o empobrecimento de ideias que o Espírito nos oferece através daqueles que investigam a realidade em sua evolução histórica e de pensamento. Com o discernimento pomos em mãos de outros nossas moções, para que nos ajudem a evitar soluções demasiadamente fáceis aos novos desafios que vão surgindo, e que são conjunturais.

O grande obstáculo à necessária renovação, nossa e de nossos arredores, é a tendência à passividade, que faz com que se abortem muitas das moções que para isto recebemos do Espírito. Por isso conclui Claret: “Quando o homem é fiel à vocação e corresponde grandemente com uma grande força de vontade, pode muitíssimo”.

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 13 de setembro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

13 de setembro de 2020

“Devemos ter coração de mãe para com nosso próximo. O que não faz uma mãe para seu filho? Dá-lhe de comer, vestir, educação; cuida para não cair e protege de todo perigo. Se o vê em perigo, avisa-o, não se distancia; se o vê caído, levanta-o; se o vê doente, tem cuidado com ele; chora, roga, faz votos para vê-lo restabelecido. O mesmo deve praticar quem tem zelo para com seu próximo” (L’egoismo vinto. Roma 1869, p. 69. Traduzido para o espanhol em EE p. 423).

TER CORAÇÃO DE MÃE

As religiões em geral identificam a mulher com a terra, enquanto a Bíblia a identifica com a vida. A mulher é a mãe de todos os viventes. Transmitir vida. Isto significa “ter coração de mãe” que, às vezes, supõe sofrimento: a mãe sente as dores das feridas dos filhos. Daí que Claret, ao falar do seu sentimento materno, não podia senão que contemplar-se nas duas figuras maternas por excelência: Mara e a Igreja. São as duas figuras às quais um sacerdote, ou qualquer que pretenda anunciar a boa nova, deve imitar.

Falando do zelo do sacerdote em suas Notas Espirituais (cf. AEC p. 757), Claret vai enumerando as virtudes de uma mãe para com seu filho com grande ternura: ensina o filho a falar, a caminhar, educa-o e forma o seu coração; alimenta, veste, limpa, cuida de seu filho; corrige também; a mãe é a mártir da família; leva o filho durante nove meses em seu ventre e depois em seu coração.

E termina dizendo: “Todas as características de uma mãe deve ter um bom sacerdote. Ai daquele que não as tem, este não se poderá ser chamado de mãe, mas madrasta, mãe malvada, mau sacerdote”.

Virtudes que poderiam aplicar-se a qualquer um que acredite ter zelo para com seu próximo. Mas, tem algo mais, e Claret o descobre e o pratica: uma boa mãe sabe escutar a seu filho. Este traço materno, esta admiração contemplativa que Maria, por exemplo, tinha para com seu Filho, deveria ser uma nota característica da maternidade da Igreja e também nossa, pois somos seus filhos. Escutar, ouvir, atender, sintonizar, partilhar, compadecer é verbos que deveriam ser conjugados com mais frequência no nosso vocabulário cristão.

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 12 de setembro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso padre Fundador

12 de setembro de 2020

“Aos quinze dias da nossa chegada a Cuba fomos visitar a imagem da Santíssima Virgem da Caridade na cidade de El Cobre, a quatro léguas da capital, a quem todos os habitantes da Ilha são muito devotos” (Aut 510).

COM A PIEDADE DO POVO

Em todos os países de tradição cristã existem santuários marianos que reúnem milhares e milhões de pessoas todos os anos. Certamente os encontramos também onde vivemos nós.

Na vida de Santo Antônio Maria Claret aparecem vários títulos de Maria que o acompanharam nos diversos lugares onde viveu e trabalhou. A Virgem de Fusimanha de Sallent, a quem visitou frequentemente com sua irmã, a Virgem do Rosário em Vic, a Moreneta de Montserrat, padroeira da sua Catalunha natal, a Virgem do Pinho ou da Candelária nas Ilhas Canárias, a Virgem da Caridade do Cobre em Cuba, a Virgem da Almudena em seus anos de Madri e outras muitas que o ajudaram a crescer na devoção a Maria.

Em todas elas Santo Antônio Maria Claret descobriu aquele Coração que acolheu a Palavra de Deus e no qual encontravam ressonância as situações e aspirações de seus filhos. Na contemplação de Maria encontrou uma forte inspiração para seguir Jesus e dedicar-se generosamente ao seu ministério apostólico.

A devoção a Maria é uma parte muito importante do patrimônio espiritual da Igreja. Ela nos introduz na meditação do rosto materno de Deus. Todas as vezes que Maria aparece nos Evangelhos a vemos atenta à Palavra de Deus e às situações das pessoas. Quando visitemos um Santuário Mariano ou invoquemos a intercessão de Maria, deixemos que o fogo que ardia em seu coração se apodere do nosso. Nossa vida se fará capaz de transmitir calor e luz a quem tem necessidade disto.

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 11 de setembro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

11 de setembro de 2020

“Não só devem ter paciência no sofrer seus próprios defeitos, mas também as dores corporais e as securas de espírito. Embora São Pedro quisesse estar no Tabor e fugisse do Calvário, este monte não deixa por isto de ser mais útil e proveitoso que aquele. Melhor, dizia São Francisco de Sales, é comer o pão sem açúcar que o açúcar sem o pão” (Carta Ascética… ao presidente de um dos coros da Academia de São Miguel. Barcelona, 1862, p.17).

AMOR PACIENTE

Há momentos em que nossa vida parece ser inútil, insignificante ou pouco interessante. Mas o valor da nossa vida não se mede pelo que fazemos; nosso estado de ânimo não muda nossa dignidade como pessoas, nem o valor que temos como pessoas, como filhos de Deus. Cada um é único e irrepetível. Cada um pessoalmente é muito importante para Deus, porque somos criaturas suas, feitos à sua imagem e semelhança. Ele nos quer pelo que somos, aprecia tanto nosso ser e nossa história que não nos troca por ninguém. Valemos muito aos olhos de Deus!

Poderão mudar as circunstâncias da nossa vida, poderemos ser grandes pecadores, poderemos apreciar-nos ou desprezar-nos. O Senhor continua sendo o mesmo, Ele mantém seu amor por nós, nos ampara nas dificuldades e nos dá a alegria da vida e a alegria das coisas boas de cada dia. Faz frutificar o quanto fazemos em seu nome, porque tudo o que somos e temos, recebemos do Senhor. Fazei tudo em nome do Senhor, diz Paulo (cf. Cl 3,17), porque o que fazemos em seu nome, em comunhão com Ele, tem a força do Espírito Santo e a eficácia do seu poder.

Na vida e na morte, somos do Senhor, volta a dizer Paulo (cf. Rm 14,8). Nos momentos de alegria e nos momentos de dor, está sempre presente o Senhor. É como o sol, não porque esteja nublado e não o vemos que deixa de existir.

Você pede alguma vez ao Senhor o dom da fé para reconhecê-lo e senti-lo junto a você, fortalecendo-o, consolando-o, animando-o, dando-lhe sua paz, ou você se lamenta e nega sua presença quando lhe parece ausente da sua vida ou é surdo às suas chamadas?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 10 de setembro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

10 de setembro de 2020

“Amar os que nos amam, servem e consolam é coisa fácil e que não requer virtude alguma; mas amar, servir e acariciar os que nos ofendem e são chatos, sem outro motivo senão por agradar a Deus, é amor verdadeiramente sobrenatural; isto é amá-los em Deus e somente por Deus, diz São Francisco de Sales” (Carta Ascética… ao presidente de um dos coros da Academia de São Miguel. Barcelona, 1862, p.9).

PERDÃO AOS INIMIGOS

Normalmente consideramos amigos os que nos querem bem, porque falam bem de nós e porque nos ajudam. Quem não é agradecido e bondoso com quem o favorece ou lhe presta um serviço? Isto, como o amar os que o amam, saudar os amigos, o fazem os pagãos, diz Jesus.

E por outro lado, a todos nós parece normal que quem comete um delito pague e que pague na medida proporcional ao dano causado. É o “olho por olho e dente por dente”. É o justo, segundo a justiça humana. Inclusive pode ser o modo de impedir que a resposta ao mal desencadeie uma vingança desproporcionada e cause mais mal que o que se tenta combater.

O ensinamento de Jesus vai mais além. Diz a seus discípulos: “Amai vossos inimigos, orai pelos que vos perseguem” (Mt 5,44). Mas, isto é possível? Como posso sentir simpatia por meu inimigo, como posso amar a quem me tem feito mal, como posso controlar meus sentimentos diante de quem me fere ou diante de quem arruinou a vida? Jesus não fala de sentimentos de amor, mas de amor verdadeiro. Isto é, faça sempre o bem, inclusive a seu inimigo, porque o que é bom para ele o é para você também. Se seu inimigo é um malvado que lhe tem feito mal, não faça o mesmo a ele, fazendo-lhe o mal. Você seria como ele, abdicaria o amor, perderia sua dignidade pelo ódio ou pelo ressentimento, você envenenaria seu coração.

Este é o comportamento de Deus, que faz chover sobre os justos e pecadores, que quer bem a todos, porque todos são filhos de Deus. Deus não pode fazer o mal a quem não o ama, não destrói quem o despreza, porque é Pai. É o que Jesus não só prega, mas vive e expressa no momento crucial da sua morte: perdoa, ama, dá a vida por todos, inclusive pelos verdugos.

Você pensou alguma vez sobre suas reações diante de quem o tem prejudicado ou continua prejudicando? Você se colocou no seu nível devolvendo mal com mal?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 09 de setembro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

09 de setembro de 2020

“Já que você chama Deus de Pai e o é, comporte-se como bom filho; receia dar-lhe o menor desgosto e procure agradá-lo em todas as coisas, como nos ensinou Jesus Cristo” (Carta Ascética… ao presidente de um dos coros da Academia de São Miguel. Barcelona, 1862, p.4).

QUEM AMA SABE AGRADAR

O Deus do Antigo Testamento se apresenta como o Deus amigo, o Deus esposo ou o Deus Pai. Convido-o hoje a ler o capítulo 11 de Oséias e contemplar ali a ternura de um Deus que, pensando em seu povo-filho, “lhe revoluciona o coração e se comovem as entranhas”. Também pode ver Deuteronômio 32, 5-6, onde se diz que “sendo Ele seu pai e seu criador, quem lhe deu o ser, filhos degenerados se comportaram mal com Ele”. São ignorados os que veem em Javé somente o Deus do terror e da ira.

Este aspecto paternal de Deus Jesus o acentuou ainda mais: é chamado quase sempre de Pai e o invoca com o diminutivo Abbá, que significa papai, com um matiz especial de ternura. Os seguidores de Jesus participam desta filiação, por isso Jesus lhes ensina a orarem a Deus chamando-O Pai, Pai nosso. E isto se converteu muito cedo no uso normal da Igreja; os gálatas, apesar de falarem um idioma celta e os romanos, que falam latim ou grego, invocam a Deus com a palavra Abbá (cf. Gl 4,6; Rm 8,15).

Claret se identificou logo com esta espiritualidade filial. Falando de sua oração de criança, escreve: “Com que amor falava com o Senhor, com meu bom Pai” (Aut 40). Naquela tenra idade começou a sentir a vocação de apóstolo para trabalhar pela salvação de seus irmãos e para evitar os pecados, que são “injúria infinita a meu Deus, a meu bom Pai” (Aut 16).

A espiritualidade filial é relação de amor, cuja consequência é a obediência. Jesus dizia: “meu alimento é fazer a vontade de quem me enviou” (Jo 4,34). Claret quer imitá-lo nesta disponibilidade e ora assim: “ó Senhor e meu Pai, não desejo senão conhecer vossa santíssima vontade para cumpri-la, não quero outra coisa senão amar-vos com todo fervor e servir-vos” (Aut 136).

Como é sua relação com Deus Pai? Suscita em você sentimentos de amor? Arde em desejos de agradá-lo, de que tudo se faça segundo sua vontade?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 08 de setembro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

08 de setembro de 2020

Nossa Senhora da Luz

“Para que aumentem seus pontos na devoção e satisfaça seus desejos, digo que você deve amar Nossa Senhora: 1º porque Deus o quer. 2º porque Ela merece. 3º porque nós precisamos, por ser Ela um poderosíssimo meio para obter as graças corporais, espiritais e finalmente a salvação eterna” (Carta a um devoto do Coração de Maria, em EC II, p. 1497s)

CORAÇÃO DE MARIA

Dizer a Claret que desejam conhecer e amar Maria é o mesmo que colocar a pena em sua mão e o fogo no coração. Porque ele sabe muito bem quanto é importante ter grandes e santos desejos para alcançar uma meta e colocar os meios para consegui-la.

Uma das orações da liturgia pede: “Para que possas conceder os desejos dos que te pedem, faça com peçam as coisas que são do teu agrado”. Sem dúvida que um dos desejos que enche de alegria o coração do seu Filho é pedir-lhe que nos ensine a querer bem a Nossa Senhora, como Ele soube fazê-lo. Creio que é autêntica a resposta que Jesus deu a um devoto que estava angustiado porque sentia sensivelmente maior amor a Maria que ao Ele mesmo. Esta é a magnífica resposta que encheu seu coração: Você é tonto mesmo, você pensa que vai conseguir querer mais bem a Ela que Eu mesmo? E o devoto ficou contente e feliz.

É um presente do Senhor sentir grandes e santos desejos, diz-nos Teresa de Jesus. Você já conhece o caminho para conseguir conhecer e amar mais o Coração de Maria. Pedir o presente de desejar muito isto. Precisamos de sua proteção e embora a mãe cuide de seu filho, enche-a de profunda alegria ouvir seu filho que a chama.

De um modo belo diz o Concílio: “Com seu amor materno cuida dos irmãos do seu Filho que ainda peregrinam…” (LG 62). Mas vamos dar alegria a seu Coração quando a chamarmos e confiarmos plenamente em sua materna ternura: “A Vós clamamos os exilados filhos de Eva… volvei-nos vossos olhos misericordiosos”.

Uma santa recente, Santa Genoveva Torres, dizia a si mesma: “Eu me concebo sempre desejando”. Portanto, você já sabe: grandes desejos.

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 07 de setembro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

07 de setembro de 2020

“A quem desejar vivamente a salvação de seus irmãos, nunca lhe falte palavras para aconselhar, indicando-lhes o mal do qual devem fugir e o bem que devem praticar”. (Memória da Academia de São Miguel. Madrid, 1866, p. 11).

O APÓSTOLO SE ENTREGA

Em certa ocasião, um professor me comentava que Pedro estava enamorado de Jesus. Não havia pensado antes sobre o assunto, mas, pensando bem, creio que somente desde esta perspectiva se pode entender o fato de ser pescador de homens. Sentiu-se fascinado, atraído por sua bondade, suas palavras, sua misericórdia… E assim Pedro foi mudando, transformando-se. O primeiro seduzido foi ele, Pedro, e posteriormente, quando outros o ouviam falar, se sentiam igualmente atraídos e desejosos de conhecer este Jesus, o Cristo.

Penso que hoje em dia o povo não está muito disposto a deixar-se aconselhar, não se presta facilmente a escutar os sermões dos outros. Mas isso não significa que as pessoas não tenham sede. Talvez não se trate já de convencer desde a razão, mas de seduzir, de transmitir experiência de Deus para que outros se animem a experimentar o mesmo em relação a Jesus. Uma prova disto é o grande êxito que tem as propostas espirituais orientais: o yoga, o zen… o povo está buscando, tem sede, tem inquietação.

Se desejarmos vivamente ajudar de verdade nossos irmãos é importante que estejamos preparados para dar testemunho e razão da nossa fé. Devemos fazê-lo, isto sim, em consonância com os novos tempos, sabendo contagiar os demais com o nosso entusiasmo e com nossa confiança no Senhor. Para que aquele que nos veja se pergunte: em quem se apoia para andar assim pela vida?

Sinto-me comprometido e com desejo de transmitir a outros minha fé em Jesus? Considero isto uma tarefa superior a minhas possibilidades ou vejo modos de usar meios e habilidades para isso? Dói-me o coração a falta de êxito neste serviço?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 06 de setembro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

06 de setembro de 2020

“Nossa Senhora estimou sempre todos os fiéis cristãos; mas, amou de modo particular os Apóstolos, porque trabalhavam na salvação das almas que foram redimidas por seu Filho Santíssimo. Portanto, os cristãos que queiram ser estimados por Maria, reúnam-se em número de 12, em memória dos 12 Apóstolos e roguem a Deus pela conversão de todo o mundo” (Breves notas sobre as Instruções da Arquiconfraria do Santíssimo e Imaculado Coração de Maria. Barcelona 1847, p. 118).

AMOR DE MARIA PARA COM OS APÓSTOLOS

Que mãe não quer a seus filhos mais que a própria vida? Todos nós, por puro desejo de Cristo, somos feitos filhos adotivos do Pai, filhos no Filho, e filhos de Maria. E Ela, como toda Mãe, goza sempre com os filhos; mas há coisas que, sem dúvida, lhe enchem o coração de uma alegria especial. Para Claret a maior das alegrias de Nossa Senhora é ver a seus filhos como apóstolos; e Claret quer contagiar a outros com esta sua vocação apostólica.

A razão não se apoia em graus ou títulos, nem em honrarias ou jerarquias; o evangelizador não é um super-homem; São Paulo dizia que “levamos este tesouro em vasos de barro” (2Cor 4,7). A razão está no fim que nos propomos com o apostolado, na orientação da nossa vida. Segundo este texto: salvar a quem já redimiu Jesus Cristo. Ou, dito de outro modo, colocar a parte que nos toca na obra salvadora do Senhor: cooperar humildemente para que a redenção já realizada se aplique ao longo da história a cada novo ser humano que aparece no mundo.

O carinho materno de Maria nos ajudará na fidelidade à missão recebida. Não vamos sozinhos. Nunca há apóstolos solitários. Reunidos de 12 em 12, de 50 em 50 ou de 2 em 2…. mas sempre reunidos, conscientes de serem comunidade enviada. E, sobretudo, sem esquecer que nada do que fazemos é obra nossa: sempre é de Deus! Nele tem sua origem e seu fim. Nós somente somos servos inúteis, que fazemos o que devemos fazer. (cf Lc 17,7-10).

Pode ser este um bom momento para revisar minha vida e ver de que maneira estou sendo apóstolo, como faço realidade este envio missionário que o Senhor me presenteia, e como deixo que Maria me ajude.

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf