Dados Históricos

  • _MG_3929Em 1900, como um ato simbólico de renovação evangélica do Brasil como nação católica, o bispo D. José Camargo Barros celebrou, em um descampado na então pequena Curitiba, uma missa em comemoração aos 400 anos de chegada dos europeus na Terra de Santa Cruz. Nesse ato, benzeu a cruz de madeira colocada no centro do descampado, que passou, desde então, a ser conhecido como Campo da Cruz (atual Praça Ouvidor Pardinho). Na oportunidade, o primeiro bispo de Curitiba apontou para onde hoje se encontra a Igreja do Imaculado Coração de Maria e vaticinou que aquele local brevemente iria abrigar importante instituição religiosa.

    Em 1900, cinco anos haviam passado desde a chegada dos primeiros missionários claretianos no Brasil, que fixaram sua residência primeiramente em São Paulo (1895) e em seguida em Campinas (1899); em 1900, dez anos haviam passado desde a suspensão do direito do Padroado, declarada pelo governo republicano brasileiro recém instalado, e que separou a Igreja e Estado, tornando-o leigo e secular, modelo em voga dos Estados então definidos como modernos.

    O decreto de separação dos poderes temporal e secular desencadeou uma série de reações do episcopado brasileiro que visou a reconstrução institucional da Igreja no Brasil, a fixação de diretrizes e a normatização das atividades pertinentes aos serviços da religião. Buscou-se um aperfeiçoamento da inserção da Igreja junto à população católica, segundo as diretrizes ultramontanas[1] advindas do reinado do Papa Pio IX, cujo objetivo primordial foi unir ação e doutrinação por meio de um conjunto de normas e resoluções dos procedimentos pastorais, litúrgicos e devocionais.

    Alguns dos principais meios de garantir o sucesso das medidas ultramontanas foi a ampliação do número de dioceses e paróquias em todo o território nacional, juntamente com a implantação de novas formas de culto e o incentivo da participação dos católicos nas cerimônias religiosas.

    Na Casa e Capela provisória – benzida em 24 de maio de 1908 pelo então Superior Pe. José Domingos com a autorização do bispo diocesano D. João Francisco Braga – a festa em homenagem ao Imaculado Coração de Maria passou a atrair a população local, a qual ainda começou a contar com a oferta dos trabalhos paroquiais, como missas e administração dos Santos Sacramentos, confissão, batismo, casamento e ensino do catecismo. A Casa dos missionários transformou-se em um centro popular de espiritualidade católica; o trabalho era imenso para o pouco número de religiosos claretianos estabelecidos em Curitiba.

    No início, o trabalho primordial dos claretianos foi a realização de missões pela vasta Diocese de Curitiba, que então abrangia os estados do Paraná e Santa Catarina. Os claretianos passaram a atender, além de Curitiba, as paróquias de Votuverava, Tamandaré e Assunguí, às quais se somavam mais de cinqüenta capelas dependentes. Nos documentos, destacam-se as dificuldades do trabalho missionário em uma época quando as estradas eram simples caminhos por entre matas e rios a serem percorridos em lombo de cavalo.

    A construção do Santuário Matriz do Imaculado Coração de Maria em substituição a Capela provisória começou a ser cogitada pelos claretianos imediatamente ao seu estabelecimento na Rua Ivaí, em 1908. Como noticiou uma carta publicada pela revista Ave Maria, editada pela Casa de São Paulo desde 1898, tal construção foi concretizada dois anos depois em 1910.

    Localizada no limite entre a área urbanizada e o rocio (bairros afastados), a região do Campo da Cruz foi sendo transformada, ao longo das décadas de 1910 e 1920, de maneira planejada, recebendo arruamento regular e sendo ocupada, principalmente, por instalações industriais e comerciais, em virtude da proximidade da estrada de ferro. A maioria da população estabelecida nesta região exercia profissões urbanas e trabalhava no centro da cidade, em atividades burocráticas, no comércio e na prestação de serviços.

    A devoção ao Imaculado Coração de Maria não se fez demorar para florescer entre a população curitibana e as dos lugares assistidos pelos missionários claretianos. Segundo os anais da Congregação a festa do Imaculado Coração de Maria celebrada pela primeira vez em 25 de maio de 1909 foi um acontecimento, pois contou com a imagem do Coração de Maria recém enviada de Barcelona.

    Aos poucos, o Santuário inaugurado em 1910 tornou-se pequeno para a freqüência do crescente número de fiéis e, entre os padres da Casa de Curitiba era grande o desejo de erguer um Santuário definitivo capaz de abrigar fiéis em grande número.

    Desde meados da década de 1910 os religiosos buscaram concretizar tal desejo contando com o apoio fundamental do então vice-governador do Paraná, Caetano Munhoz da Rocha[2]. Por intermédio dessa autoridade estadual, os claretianos pediram uma planta arquitetônica do templo a ser elaborada, gratuitamente, pela Diretoria de Obras Públicas do Município de Curitiba, na época sob a direção do engenheiro João Moreira Garcez[3]. Enquanto o desenho do templo era planejado, os religiosos iniciaram um depósito no banco da Província Claretiana com o intuito de criar fundos financeiros para o andamento da obra.

    O lançamento e a pedra fundamental do Santuário ocorreu no dia do Imaculado Coração de Maria em 17 de agosto de 1917. Os alicerces do templo, no valor de 10 contos de réis, tornaram-se visíveis no terreno em meados de 1919, conformando o edifício no formato de cruz latina com doze metros de largura na nave única e 40 metros de comprimento até o altar-mor; o Santuário foi inaugurado quatro anos depois, no dia 03 de dezembro de 1922.

    No dia 12 de março de 1923 a ocorrência de um incêndio no Santuário do Imaculado Coração de Maria, três meses após a inauguração do templo, surpreendeu os religiosos e fiéis. Segundo a crônica da Casa de Curitiba publicada alguns anos depois nos Anais da Congregação (16 de janeiro de 1927), o fogo consumiu todo o altar-mor, feito em madeira e que abrigava a imagem do Coração de Maria, vinda da Espanha, além das imagens de São José e de Santo Antonio que se encontravam nos nichos próximos.

    A ajuda financeira de alguns benfeitores, além das doações coletadas na festa do Imaculado Coração de Maria, realizada em agosto do mesmo ano do incêndio, possibilitaram a colocação de um novo altar-mor, bem como de uma nova imagem do Coração de Maria, que tomou posse do seu trono no dia 03 de fevereiro de 1924.

    Como resultado das ações ultramontanas, desde o final do século XIX, a Igreja brasileira sofreu um processo de desnacionalização, ou melhor, de romanização, que acentuou a sua dependência em relação ao papado. Dessa forma, a autoridade do papa, e por conseqüência dos bispos e padres radicados no Brasil, sobrepôs-se ao catolicismo dos leigos (catolicismo popular), até então representado pelas irmandades e confrarias de Misericórdia e demais lideranças leigas: estas serão substituídas pelo clero romanizado e aquelas por outras devoções em voga na Europa, em especial a do Sagrado Coração de Jesus. Nesse sentido, novas associações leigas serão estabelecidas no Brasil da época: Apostolado da Oração, Pia Associação das Filhas de Maria, Liga Católica, Congregação Mariana, Conferencias Vicentinas, etc.

    Em Curitiba não foi diferente. Na Igreja do Imaculado Coração de Maria tais associações devocionais fizeram-se presentes desde o início em virtude do apoio a elas dado pelos padres superiores da Casa de Curitiba. A primeira delas, a Arquiconfraria do Imaculado Coração de Maria, foi ali estabelecida pelo Pe. Superior Martinho Maiztegui (1908-1912) na mesma oportunidade da inauguração do templo, em 28 de agosto de 1910, tendo como presidentes honorários o Sr. Afonso Augusto Teixeira de Freitas, da seção dos homens, e da seção das mulheres a Sra. Maria L. Munhoz Carneiro.

    Fundada na Europa em 1837, a função da Arquiconfraria era estimular e tornar regular a assistência e a contribuição aos cultos do Coração de Maria. O Pe. João Sadurni, como Superior da Casa de Curitiba entre 1912 a 1915, fundou o Círculo Operário S. José, para homens, e as Conferências de São Vicente de Paula; ao longo das décadas de 1910 e 1920 foram criadas ainda, a Pia Associação das Filhas de Maria e a Liga do Menino Jesus, esta última para meninas e meninos do catecismo; nas décadas de 1930 as associações devocionais viram-se reforçadas com novas instituições: 1932 foram fundados o Apostolado da Oração e a Pia União Missionária do Coração de Maria; em 1934, os Infantes do Coração de Maria; e, em 1936, o Pe. Jesus Ballarin fundou a Congregação Mariana da paróquia do Imaculado Coração de Maria.

    As associações devocionais do Santuário do Imaculado Coração de Maria o transformaram em um centro florescente do tipo de devoção desejada pelo clero da época, ou seja, dependente de uma igreja/paróquia e afastada somente para o crescimento espiritual em torno da devoção mariana, mas também para o progresso material da igreja e depois (1936) paróquia do Imaculado Coração de Maria.

    Concomitante com a Liga do Menino Jesus, na década de 1910, os claretianos deram início ao catecismo no Santuário do Imaculado Coração de Maria. Desde seu estabelecimento em Curitiba, os claretianos já prestavam serviços de retiro espiritual por ocasião da primeira comunhão para alunos de alguns colégios curitibanos.

    Além da prestação de serviços religiosos, os claretianos iniciaram um amplo relacionamento com os moradores da cidade, não somente daqueles que moravam ou trabalhavam nas proximidades da Casa de Curitiba, mas da sociedade curitibana em geral, em virtude do desenvolvimento de atividades diversas ofertadas pela Paróquia, como o cinema e a escola, os cursos de corte e costura e da Academia Claret de Datilografia, além do atendimento aos assistidos pelo Centro Social.

    As funções do cinema tiveram início no segundo semestre do ano de 1940. Em 1960, o cinema foi reaberto com novos equipamentos e preços reduzidos às crianças do catecismo. A última exibição do cine paroquial foi em 15 de outubro de 1966 com a apresentação da 300ª sessão.

    Desde os primeiros anos, a Paróquia passou a oferecer vagas em uma escola noturna para adultos e em uma diurna para crianças do jardim da infância e das primeiras séries, cujas aulas eram ministradas por professores da rede estadual de ensino. O funcionamento desta escola foi até 1970 quando venceu o contrato de locação de imóvel.

    Porém, a intensificação dos trabalhos paroquiais na década de 1970, como a catequese familiar, os cursilhos, os grupos de jovens, etc, tornou inviável a manutenção das salas de aula e impossibilitou a renovação do contrato com a Secretaria de Educação e Cultura, resultando na transferência dos alunos para grupos escolares próximos: o Barão do Rio Branco, o Xavier da Silva (inaugurado em 1905) e o Centro Educacional Guairá (aberto em 1954).

    Em 1963 foi fundado o Centro Social Coração de Maria, que passou a ofertar cursos de corte e costura e angariar fundos e produtos de primeira necessidade, como remédios, roupas e alimentos para distribuir aos assistidos. Em 1964, o Centro Social pôs em funcionamento um Gabinete Dentário, que passou a atender, além dos assistidos do próprio Centro, os alunos da Escola Paroquial, seminaristas e demais membros da comunidade Claretiana.

    Das atividades direcionadas para a devoção ao Imaculado Coração de Maria destaca-se a das Capelinhas das Visitas Domiciliárias. Criadas em 1937 formavam 9 coros compostos, cada um, compostos por 30 famílias e percorriam mensalmente um itinerário pré-estabelecido dentro dos limites da Paróquia do Imaculado Coração de Maria, pioneira ao implantar as Capelinhas na Diocese de Curitiba. A visita das capelinhas extrapolou, porém, os limites da Paróquia e, após autorização dos respectivos vigários, percorriam outras localidades, espalhando-se pela cidade.

    Localizada em uma região fabril, a Paróquia interagia, com os trabalhadores das principais indústrias aí instaladas por meio da Páscoa dos Operários. Tal ato era celebrado na própria matriz do Imaculado Coração de Maria após os operários terem sido instruídos pelos membros da Ação Católica, que percorriam alguns dias antes as fábricas estabelecidas dentro dos limites paroquiais.

    Em virtude da deflagração da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o clero nacional instituiu, em 1943, a Páscoa dos Militares, a ser celebrada em todas as cidades brasileiras a fim de reforçar o patriotismo e oferecer consolo espiritual aos soldados em tempos de guerra. Na Paróquia do Imaculado Coração de Maria destaca-se a Páscoa dos Militares de 1946.

    De um vaticínio na virada do século XIX para o XX à plena inserção da comunidade claretiana na cidade de Curitiba: esta é a parte da história construída desde 1905, e levada adiante dia-a-dia, pelos missionários da Congregação Claretiana em terras paranaenses.

    Além disso, devemos fazer algumas considerações em relação ao templo: do desenho da fachada do templo, de autoria de João Moreira Garcez constavam vitrais no corpo principal e na torre maior, sendo esta decorada com relógio e aquele encimado pela imagem do Imaculado Coração de Maria. No final da década de 1920, alguns anos após a inauguração do templo, e apesar da manutenção do formato original do edifício, ele não foi dotado dos vitrais, espaço esse preenchido por tijolos. Além disso, as torres ganharam acabamento abobadado, diferentemente do planejado por Moreira Garcez; o relógio foi mantido e a imagem somente foi colocada no início da década de 1950 sobre a torre maior; na virada de 1940 para a década seguinte, a fachada ganhou 41 metros quadrados de vitrais importados da Bélgica, os quais foram reparados em março de 1970, a fim de substituir os que haviam se quebrado.

    O projeto de João Moreira Garcez, em verdade, pareceu não agradar a todos por seu “estilo incomum”, como registrou os Anais da Congregação publicado em fevereiro de 1920. Na década de 1950, mais mudanças: reforma da fachada; a maravilhosa imagem do Coração de Maria com os braços abertos para receber todos os seus devotos e filhos; o magnífico vitral; o relógio doado pelo Dr. Eduardo Thá; a imagem do anjo sobre a torre menor; a Cruz e finalmente o escudo da Congregação em alto relevo. No dia 03 de junho de 1950, D. Manoel da Silveira D’Elboux, nosso arcebispo metropolitano, dignou-se benzer a nova fachada.

    Quanto aos detalhes internos, segundo um dos textos de 1931, o altar-mor original, todo de madeira, foi consumido por um incêndio poucos meses depois da inauguração do templo, sendo substituído por outro logo em seguida; entre os anos de 1925 a 1926 foram adquiridas as imagens de São José, Santa Terezinha e de Nossa Senhora da Conceição; entre 1926 a 1928 o interior do templo foi pintado e dotado de um púlpito além da aquisição do sino de 160 quilos batizado com o nome de Coração de Maria e inaugurado em 30 de outubro de 1927; em 1930 foram adquiridas as imagens do Menino Jesus de Praga e de Santa Margarida de Alacoque e foram benzidas as imagens de São Roque e São Sebastião, do altar de São José; em 1931 outras aquisições foram registradas, como três imagens de São Caetano, adornando o altar-mor, de Nosso Senhor Morto para a procissão da Sexta-feira Santa e do Crucifixo abrigado perto da porta principal. Em fevereiro de 1927 foi inaugurado o púlpito; em abril de 1929 houve a inauguração e bênção dos altares laterais, um dedicado ao Sagrado Coração de Jesus e o outro a São José; em 1930 a aquisição do altar dedicado a Santa Terezinha do Menino Jesus e outro à Imaculada, de pequenas proporções, perfazendo o número de cinco altares em todo o Santuário; em outubro de 1932 a construção de um novo corpo do edifício anexo ao Santuário na parte que corresponde ao Presbitério e Epístola. É todo igual à sacristia existente pelo qual passou a ser chamado nova sacristia; 1943 pintura e inauguração do presbitério; 1944 pintura e decoração da igreja; 1945: bancos; 1958: batistério; 1961: sacristia; 1963: novo calvário ao lado da entrada principal; 1963: pintura da Igreja, novos lustres e arandelas; 1970: reforma interna da torre, reparos nos vitrais coloridos; 1973: retirada dos altares laterais para que as equipes litúrgicas pudessem funcionar melhor e para poder colocar o novo órgão no lugar mais certo.

    De 1994 a 2009 foram realizadas: vistoria da Igreja, reforma do telhado, reformas na igreja, reforma na torre, restauração do altar-mor e do presbitério, reforma da Capela do Santíssimo e do coro, reformas no salão paroquial e nas salas de catequese, troca da aparelhagem de som na igreja, novas aquisições de móveis e objetos, reforma da secretaria paroquial, troca dos vidros laterais do templo, etc.

    Aqui está um resumo da história da Paróquia, mas é importante acrescentar também que em 1925 chegaram a Curitiba 25 postulantes que saíram de Guarulhos/SP em direção a Curitiba. O Colégio Postulantado de Curitiba foi inaugurado em 26 de fevereiro de 1926 e veio abrilhantar a vida da comunidade claretiana, até então marcada pelos trabalhos e missões e demais serviços religiosos. Com a fundação do Colégio, o trabalho das missões foi bastante limitado, a fim de os religiosos dedicarem-se à formação dos estudantes. Em 1934 os estudantes se trasladaram para Rio Claro/SP e em Curitiba foi estabelecido o Seminário Maior. Neste mesmo ano foi beatificado nosso Fundador Sto. Antonio Maria Claret. A extensa programação sobre a beatificação de Claret aproximou a população curitibana do recém estabelecido Seminário Maior. Desde então, o seminário será palco de inúmeros acontecimentos que passam a fazer parte da agenda da cidade, dentre eles as ordenações dos estudantes no Santuário do Imaculado Coração de Maria.

    O fervor cordimariano, na década de 1940 excedeu os muros dos seminários, colégios apostólicos e paróquias dedicadas ao Imaculado Coração de Maria, com a consagração do Brasil ao Imaculado Coração de Maria, em 1943. No ano anterior, em pleno desenrolar da Segunda Guerra Mundial, o Papa Pio XII havia solenemente consagrado o mundo todo ao Imaculado Coração de Maria. Diante disso, a Arquidiocese de Curitiba promoveu as festas da consagração em dezembro de 1943. O Seminário Maior de Curitiba enquadrou-se nesse cenário ao promover aí o exercício do trabalho missionário com seus futuros religiosos, resgatando um dos objetivos primordiais da congregação dos claretianos quando chegados em solo brasileiro. Em 1938, os padres dessa comunidade claretiana foram incluídos como catedráticos na Faculdade de Filosofia e Letras do Paraná, dos Irmãos Maristas e o Seminário Maior tornou-se desde então, um ponto de referencia na área de estudos de filosofia e teologia no Brasil. Em 1962 transformou-se em Studium Theologicum e desde 1995 está afiliado à Pontifícia Universidade Lateranense de Roma e Agregado à PUC-PR.


    Este texto sobre os dados históricos foi retirado na íntegra do documento: Missionários Claretianos em Curitiba 1905-2003 elaborado pela Factum Pesquisa Histórica e Memória Empresarial. O documento encontra-se à disposição nos arquivos da Paróquia.

    [1] O termo ultramontanismo refere-se ao catolicismo implantado no reinado de Pio IX ao combater o mundo moderno e suas filosofias materialistas. Como a Cúria Romana localiza-se além dos Alpes, a reforma católica era expressa por esse termo, ultra montes, além dos montes (Alpes).

    [2] Devoto do Coração de Maria, e considerado o benfeitor da construção da Igreja do Imaculado Coração de Maria, Caetano Munhoz da Rocha nasceu em Antonina no ano de 1879 e faleceu em Curitiba em 1944.

    [3] Prefeito de Curitiba por duas gestões consecutivas nos anos 1920. Urbanista e engenheiro civil, sua formação profissional foi decisiva para transformar a paisagem urbana.

  • coração-de-mariaA devoção ao Coração de Maria é análoga ao Sagrado Coração de Jesus. Consiste na veneração ao seu coração carnal, unido à pessoa dela, como símbolo do amor, especialmente o seu amor para com o Divino Filho, suas virtudes e sua vida interior.

    Esta devoção foi incentivada por São João Eudes, no século XVII e o Papa Pio VII, a permissão para festa no ano de 1805. Motivado pelas aparições em Fátima, o Papa Pio XII, em 31 de outubro de 1942 consagrou o mundo ao Imaculado Coração de Maria e em 4 de maio de 1944 determinou que a sua festa fosse celebrada em todas as Igrejas do Ocidente, no oitavo dia da Assunção.

    O Papel de Maria é universal e Ela é a Mãe da Igreja, como nos fala a Constituição Dogmática “Lumen Gentium”. E ainda: “Enquanto na Beatíssima Virgem a Igreja já atingiu a perfeição, pela qual existe sem mácula e sem ruga (Ef 5,27), os cristãos ainda se esforçam para crescer em santidade vencendo o pecado.

    Por isso eleva seus olhos a Maria que refulge para toda a comunidade dos eleitos como exemplo de virtudes. Piedosamente nela meditando e contemplando-a à luz do Verbo feito homem, a Igreja penetra com reverência mais profunda no sublime mistério da Encarnação, assemelhando-se mais e mais ao Esposo”(LG 155/65).