Claret Contigo – 10 de setembro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

10 de setembro de 2020

“Amar os que nos amam, servem e consolam é coisa fácil e que não requer virtude alguma; mas amar, servir e acariciar os que nos ofendem e são chatos, sem outro motivo senão por agradar a Deus, é amor verdadeiramente sobrenatural; isto é amá-los em Deus e somente por Deus, diz São Francisco de Sales” (Carta Ascética… ao presidente de um dos coros da Academia de São Miguel. Barcelona, 1862, p.9).

PERDÃO AOS INIMIGOS

Normalmente consideramos amigos os que nos querem bem, porque falam bem de nós e porque nos ajudam. Quem não é agradecido e bondoso com quem o favorece ou lhe presta um serviço? Isto, como o amar os que o amam, saudar os amigos, o fazem os pagãos, diz Jesus.

E por outro lado, a todos nós parece normal que quem comete um delito pague e que pague na medida proporcional ao dano causado. É o “olho por olho e dente por dente”. É o justo, segundo a justiça humana. Inclusive pode ser o modo de impedir que a resposta ao mal desencadeie uma vingança desproporcionada e cause mais mal que o que se tenta combater.

O ensinamento de Jesus vai mais além. Diz a seus discípulos: “Amai vossos inimigos, orai pelos que vos perseguem” (Mt 5,44). Mas, isto é possível? Como posso sentir simpatia por meu inimigo, como posso amar a quem me tem feito mal, como posso controlar meus sentimentos diante de quem me fere ou diante de quem arruinou a vida? Jesus não fala de sentimentos de amor, mas de amor verdadeiro. Isto é, faça sempre o bem, inclusive a seu inimigo, porque o que é bom para ele o é para você também. Se seu inimigo é um malvado que lhe tem feito mal, não faça o mesmo a ele, fazendo-lhe o mal. Você seria como ele, abdicaria o amor, perderia sua dignidade pelo ódio ou pelo ressentimento, você envenenaria seu coração.

Este é o comportamento de Deus, que faz chover sobre os justos e pecadores, que quer bem a todos, porque todos são filhos de Deus. Deus não pode fazer o mal a quem não o ama, não destrói quem o despreza, porque é Pai. É o que Jesus não só prega, mas vive e expressa no momento crucial da sua morte: perdoa, ama, dá a vida por todos, inclusive pelos verdugos.

Você pensou alguma vez sobre suas reações diante de quem o tem prejudicado ou continua prejudicando? Você se colocou no seu nível devolvendo mal com mal?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

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