Claret Contigo

Claret Contigo – Meditação Diária

Evangelho do dia comentado

30 de novembro de 2019

“Percebi claramente que era a vontade de Deus que eu não tivesse dinheiro, nem aceitasse coisa alguma, mas somente a necessária comida para aquele momento, sem receber nunca provisão alguma. Este desprendimento lhes causava grande impressão e por isso me esforçava em manter-me neste propósito” (Aut 361-362).

FORÇA PERSUASIVA DA POBREZA

O seguimento de Jesus, imitando seu comportamento, foi para Claret quase que uma obsessão ao longo de toda sua vida. Mas não em todas as épocas teve a mesma intensidade, nem se revestiu da mesma forma. Quando foi Bispo diocesano em Cuba ou Presidente do Escorial teve que dar vida a uma série de instituições e atender obras sociais e culturais que lhe exigiram fazer cálculos e balanços, manejando muito dinheiro.
Mas na sua época de missionário itinerante pela Catalunha e Canárias não existiam tais complicações. Sua única preocupação era ter todo o tempo disponível para pregar e, roubando tempo ao sono, escrever opúsculos e folhetos que prolongassem sua pregação. Livre de toda atadura, só precisava do elementar: a comida e a veste. E nem sequer isto o preocupava, pois vivia evangelicamente segundo as palavras de Jesus ao enviar os discípulos: “Não vos aflijais, nem digais: Que comeremos? Que beberemos? Com que nos vestiremos?” (Mt 6, 31). Nas Constituições para seus Missionários reproduziu a sentença evangélica “Não leveis nem ouro, nem prata, nem dinheiro em vossos cintos” (Mt 10, 9).
E com isso, Claret não só experimentava a alegria de imitar a Jesus, mas também percebeu uma grande eficácia apostólica, que era outra de suas obsessões. No começo de cada missão popular advertia o auditório sobre quais eram suas motivações e quais não eram; excluía expressamente toda busca de prestígio, prazer ou dinheiro. Isto dava à sua palavra um grande poder de persuasão. Ninguém pode confundi-lo com um charlatão de feira livre. Séculos antes havia dito Sócrates, aquele insuperável gênio da ética: “de que estou dizendo a verdade apresento a melhor e mais fidedigna entre as testemunhas; minha pobreza e a dos meus” (Platão, Apologia de Sócrates).

Tradução: Padre Oswair Chiozini.

Claret Contigo – Meditação Diária

Todos os dias uma meditação sobre nosso Padre Fundador

29 de novembro de 2019

“Como sempre ia a pé, eu me juntava com tropeiros e gente comum, a fim de poder falar com eles de Deus e instruí-los em coisas de religião, com isso eles e eu percorríamos sem perceber o caminho e todos nós ficávamos contentes” (Aut 461).

TODO MOMENTO É OPORTUNO

Quando Claret foi nomeado confessor real, desafogou-se assim com um amigo por meio de uma carta: “Eu, Confessor da Rainha? Deixem-me ser confessor do pessoal da roça e dos vagabundos, existem outros para confessar Rainhas” (EC I, p. 1334s).
Claret esteve profundamente marcado pelo conhecido texto bíblico “o Espírito do Senhor está sobre mim, porque me ungiu, me enviou a levar a Boa Nova aos pobres” (Lc 4, 18). Meditou sobre o texto e escreveu repetidas vezes, fixando-se não só no envio e no caráter consolador da mensagem, mas também nos pobres como destinatários. Este costume de catequizar o povo simples, adotado em seus anos de Catalunha, continuou também sendo Arcebispo em Cuba (1851-1857): “com a ajuda do Senhor cuidei dos pobres. Todas as segundas feiras do ano, eu reunia a todos os pobres do povoado em que me encontrava e dava a cada um uma moeda, mas antes eu mesmo lhes ensinava a doutrina cristã. O Senhor me deu um amor entranhável pelos pobres” (Aut 562).
A passagem autobiográfica que hoje meditamos deixa-nos, juntamente com esta mensagem de amor pelos pobres, a dica de aproveitarmos todas as ocasiões para evangelizar. Alguma vez entre seus propósitos de exercícios espirituais, Claret escreve o de “não perder um minuto de tempo”. Tudo dedicou à evangelização, de modo que, quando teve que passar semanas de cama, por causa do atentado de Holguin (Cuba, 1856), dedicou-se a criar novos projetos de apostolado; foi então que lhe veio a ideia de fundar a “Academia de São Miguel”, organização de leigos para a evangelização do mundo da cultura. Sua preocupação se orientava a cultos e incultos. Sempre fez honra ao seu lema episcopal “o amor de Cristo nos impele”; copiado de Paulo, (2Cor 5, 14), outro “louco” pela evangelização.

Tradução: Padre Oswair Chiozini

Claret Contigo – Meditação Diária

Todos os dias uma meditação sobre o nosso Padre Fundador

28 de novembro de 2019

“Você agradará a Maria Santíssima se guardar silêncio, se estiver devoto no templo, se por meio dela fizer entrega do seu coração a Deus e se pensar nas penas de Jesus e nas dores da sua santíssima Mãe.” (Explicação da pomba: [=Resumo dos principais documentos…]. Barcelona 1848; p. 28).

EM OBSÉQUIO A MARIA

Na proposta que Claret nos faz para alimentar nossa vida em meio ao corre-corre do mundo, não podia faltar Maria. A experiência o fez ver que a meditação frequente sobre suas dores poderia ajudar os crentes a seguirem Jesus com mais fidelidade. Como amostra do seu sentido prático nos propõe contemplar uma dor de Maria cada dia da semana. O primeiro nos remete à apresentação de Jesus no templo, onde já se anunciava à sua Mãe que uma espada lhe traspassaria a alma.
Em 2007, quando celebramos o bicentenário do nascimento de Claret, o Pe. Lourenço Venceslaus escreveu uma bela meditação intitulada: ‘Claret, templo na praça do mercado’. Destaca sua admirável capacidade para viver concentrado em Deus, intimamente unido a Ele, em meio a tudo tipo de atividades. Claret se convertia assim, diz o claretiano indiano, em um templo, em um lugar de encontro do divino com o humano.
Isso acontece também em Maria, nesta Maria que devemos admirar, como nos convida Claret. Quando deixamos que o Evangelho entre de verdade em nossas vidas, quando a intensa presença da Eucaristia nos converte em sacrários viventes, em pão partido para a vida do mundo, o Pai e a humanidade se encontram. Entreguemos de verdade nosso coração a Deus: nada nos tirará a paz; nem os problemas do presente, nem o peso do passado, nem as preocupações do futuro. Em muitas partes do mundo precisamos de verdade fazer silêncio, estar ‘devotos’, recuperar a capacidade de adoração. Como o fez e o faria hoje Claret, para isso peçamos ajuda a Maria.
Em que medida você entregou seu coração a Deus? Quanto você continua reservando para você mesmo? Você deixa Maria ajudá-lo em seu crescimento cristão?

Tradução: Padre Oswair Chiozini.

Claret Contigo – Meditação Diária

Todos os dias uma meditação sobre o nosso Padre Fundador

27 de novembro de 2019

Um dos meios que a experiência me tem ensinado para fazer o bem é a imprensa, assim como a arma mais poderosa para o mal quando se abusa dela. (Aut 310).

A VOZ NÃO SE CALE

Claret estava consciente de que um sermão, embora cause grande impacto em quem o escuta, acaba desvanecendo-se; um livro, pelo contrário, permanece, está sempre ao alcance de quem queira usá-lo. Desde o princípio de sua atividade apostólica se preocupou em colocar por escrito, em folhetos e livros, o que pregava ao povo. Colocou por escrito as instruções que ia dando em missões populares ou exercícios espirituais; são seus conhecidos folhetos de ‘avisos a…’ (jovens, crianças, pais de família, sacerdotes…). E para que à instrução acompanhasse a oração, veio a seguir o célebre devocionário “Caminho Reto”.
Mas não parou aí. Pensando em uma difusão do pensamento religioso em grande escala, fundou, com outros dois sacerdotes que tinham a mesma preocupação, a “Livraria Religiosa” (1848), editora e distribuidora de obras formativas e econômicas. Por outra parte, estava também consciente do mal que a imprensa pode fazer. Como a verdade e a beleza, também a mentira e a manipulação ficam no papel e permanecem em bibliotecas e hemerotecas. Claret, mais que lutar contra os maus livros, preocupa-se em escrever e difundir aquilo que pode ajudar no crescimento dos seres humanos e crentes. Crê que o mal se vence, sobretudo, com a força do bem.
Hoje já não vivemos tanto a moda da imprensa, como no século XIX, ou do rádio e da televisão, século XX, mas o impacto das modernas tecnologias da informação e comunicação: internet, redes sociais, plataformas digitais, etc. Estas tecnologias constituem, como assinalou São João Paulo II, os “novos areópagos” para a difusão do Evangelho. As notas que caracterizam o uso claretiano dos meios de comunicação social são válidas para hoje: conteúdos essenciais, estilo simples e imaginativo, brevidade e tom positivo e esperançoso.

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – Meditação Diária

Todos os dias uma meditação sobre o nosso Padre Fundador

26 de novembro de 2019

Eu acho que certa classe de pecadores deve ser tratada como se faz ao cozinhar caracóis: sejam colocados numa panela com água fresca, que eles gostam, e por isso eles saem completamente da casca; e quem os cozinha deve ter cuidado de ir esquentando a água pouco a pouco e os caracóis, sem perceberem, vão morrendo e sendo cozidos. Mas se o cozinheiro for imprudente a tal ponto de lançar os caracóis em água quente, eles se recolheriam para dentro da casca e com dificuldade poderiam ser tirados de lá de dentro. Assim acontece com os pecadores…
Aut 471

SUAVIDADE CATIVANTE

Desde que se generalizou a peste e o nefasto negócio das drogas, especialmente entre os jovens, muitos pais de família sofreram o que somente eles sabem fazendo grandes esforços para tirarem seus filhos de tão profundo inferno. O Padre Claret teve uma sensibilidade muito especial para perceber situações de desastre de muitos semelhantes seus. Não era ele o único que vivia esta inquietação e por isso pode perceber acertos e desacertos em outros ‘pescadores de homens’.
O parágrafo claretiano sobre o qual hoje meditamos está relacionado com a virtude da mansidão, que ele qualificou de ‘sinal de vocação apostólica’. Ele conheceu sacerdotes pastoralmente preocupados, mas perdidos em seus métodos ou pedagogias; alguns eram levados por um zelo amargo e com isso conseguiam efeitos exatamente contrários do que pretendiam: o endurecimento do pecador. Se tivéssemos perguntado a Claret por onde começar para recuperar uma pessoa desviada, provavelmente nos teria respondido com uma lacônica expressão: ‘amando-a muito’. Ele caminhava depressa pela vida, procurava métodos eficientes para tudo e até pode ter sofrido a tentação de precipitar-se contra atitudes ou situações não evangélicas. Mas sua lúcida reflexão o levou àquela sua qualidade que comentava Jaime Balmes com admiração: ‘suavidade em tudo’.
Talvez não lhe tenha sido fácil adquirir esta forma suave e pacífica, ele que se deixava queimar por dentro pela causa de Deus; mas seu propósito, exame particular, repetido durante anos ‘nunca ficarei nervoso’ foi de grande eficácia. Falando de si mesmo e também dos demais evangelizadores, Claret dava à segunda bem-aventurança (Mt 5, 4) esta original interpretação: “herdarão a terra, isto é, os corações da humanidade”.

Tradução: Padre Oswair Chiozini, cmf

Claret Contigo – Meditação Diária

Todos os dias uma meditação sobre o nosso Padre Fundador

25 de novembro de 2019

Compreendi que o zelo é ardor e veemência de amor que precisa ser sabiamente governado. De outra maneira, violará os termos da modéstia e da discrição, não porque o amor divino, por veemente que seja, possa ser excessivo, mas porque o entendimento não escolhe os meios mais a propósito…
Aut 381

ZELO SABIAMENTE ADMINISTRADO

A palavra “zelo” pouco se usa hoje em dia. Hoje falamos de tomar as coisas com ardor, com paixão, ou de coisas que nos dizem muito, penetra muito dentro de nós. Isto é o que acontecia com Claret com relação à causa de Deus e causa do homem. A seus missionários lhes deixou o mandato de que procurassem “inflamar o mundo inteiro no fogo di divino amor” (Aut 494). Assim passou ele pelo mundo; isto era para ele o zelo, a paixão, a razão de seu viver.
Ele sabia que não era o único que tinha este ideal, o único arrastado pelo zelo da glória de Deus. Mas nem todos sabiam administrar este zelo com a mesma medida e equilíbrio. Há profetas serenos e há profetas atormentados e atormentadores. Ele nunca quis ser destes últimos. O filósofo Jaime Balmes disse sobre a pregação de Claret: “Pouco terror; suavidade em tudo”. A experiência lhe havia ensinado que, se se incute medo, os maus se endurecem e os bons se enlouquecem. Ele conheceu sacerdotes tão preocupados pelas coisas de Deus que se esqueciam das boas maneiras e até do elementar respeito a seus irmãos.
A transmissão da fé não é hoje serviço fácil. E é admirável o empenho heroico de pais de família, educadores, sacerdotes e catequistas. Talvez em certos ambientes seja necessário um testemunho agressivo, no sentido de audaz, não medroso e complexado, com a cabeça alta. Às vezes o missionário deverá exercer a denúncia profética diante de situações de injustiça certamente não queridas por Deus. Mas esta peculiar agressividade não poderá nunca recorrer à falta de respeito e grosserias. Enfim, o crente proporá e oferecerá a outros humildemente o tesouro que a ele lhe foi dado de presente.

Fonte: Claret.Org

Claret Contigo – Meditação Diária

Todos os dias uma meditação sobre o nosso Padre Fundador

24 de novembro de 2019

O Padre José Xifré, Superior dos Missionários Filhos do Coração de Maria, pediu a mim, várias vezes, de palavra e por escrito, uma biografia de minha insignificante pessoa; sempre me desculpei e até agora não teria resolvido fazer se ele não me tivesse mandado. Assim, unicamente por obediência o faço, e por obediência revelarei coisas que muito gostaria que as ignorassem; no entanto, seja para a maior glória de Deus e de Maria Santíssima, minha doce Mãe e confusão deste miserável pecador.
Aut 1

COM OS OLHOS DA FÉ

Claret ensinou a seus missionários a obedecerem aos superiores não só quando impusessem formalmente, mas a uma simples insinuação. Assim se comportou ele mesmo diante do pedido do Pe. José Xifré, quem, segundo o direito, não podia propriamente mandar sobre ele, mas pedir, insinuar.
O Padre Claret escreveu sua Autobiografia com repugnância; os santos costumam resistir quando lhes toca falar de si mesmos. Mas, por outro lado, o fez com muito carinho, porque percebeu que podia fazer bem a seus missionários. Embora os que conheciam Claret de perto ficassem decepcionados pelo escrito (“diz menos do que cala”, afirmou um diretor espiritual seu), muito condicionado pela modéstia do autor, para nós, que nos sentimos herdeiros do seu espírito, é uma fonte inspiradora inesgotável.
Ao redigir sua Autobiografia, com a idade de 54 anos, o Padre Claret interpreta todo o seu passado à luz da fé, da graça e do chamado a trabalhar por Deus e pelos irmãos. Contempla a própria vida retornando às suas origens, especialmente ao primeiro chamado a evangelizar. Seu interior é o lugar de escutar a voz do Senhor que o envia à missão!
Olhando desde este prisma, cai na conta do valor da Eucaristia e da Palavra de Deus como fonte e força de toda sua existência. E Maria é sua mãe espiritual, em cujo coração se inflama e se forja para ser como uma seta lançada contra o mal. Em sua visão orante da própria vida, dá graças ao Senhor por ter-se servido dele para fundar congregações religiosas, associações leigas, arquiconfrarias, etc., com o objetivo de evangelizar, e descobre seu carisma de escritor, que o levou a publicar folhetos, livrinhos de devoção e inclusive a fundar a editora “Livraria Religiosa”, para fazer chegar a Boa Nova mais além do púlpito.
Nesta meditação autobiográfica, cai na conta da sua ternura compassiva para com os pobres e marginalizados. Percebe-se como um homem possuído pelo amor de Cristo, que o impele a evangelizar sem reparar em esforços e riscos. Foi a vida de um homem que ardia em caridade e que abrasava por onde passava (cf. Aut 494): sua autobiografia é como um ‘Livro de Fogo’.
Você estaria disposto a reservar um tempo para examinar sua vida à luz da fé e no seu estado atual?

Fonte: Claret.org

Claret Contigo – Meditação Diária

Todos os dias uma meditação sobre o nosso Padre Fundador

23 de novembro de 2019

Amar a Deus realmente quer dizer sofrer pelo amado. Para conhecer se o amor é verdadeiro é preciso prová-lo com o fogo da tribulação: não aguentar a prova é sinal de que não há amor.
Explicação da pomba [=Resumo dos principais documentos…]. Barcelona 1848; p. 26

AMOR ACRISOLADO

Lembro-me dos seus nomes, mas não vêm ao caso. Devoravam o mundo; com pouco mais de dezesseis anos acreditavam saber mais sobre o matrimônio e sobre a vida que seus pais. Tinham bom coração. Agiam com sinceridade, mas também com muita ingenuidade. Participavam regularmente da vida dos cristãos da sua idade: encontros, celebrações, missa dominical, páscoas juvenis, acampamentos… Um dia, o faziam amiúde, se aproximaram felizes do catequista. Tinham sofrido um pequeno corte no braço de cada um e tinham misturado seus sangues; não iam a separar-se nunca mais. Não era tempo de casarem-se, mas queriam viver como se fossem casados.
Pouco tempo depois ela desapareceu. Ele conheceu outra moça, também de grande coração. De vez em quando se notava certa tristeza: a vida já lhe havia dado algum golpe. Parecem termos raros, mas todos nós tropeçamos com eles alguma vez. Claret os conheceu de sobra na prova, na tribulação… Os estudiosos da Bíblia chegam a dizer que no Pai Nosso seria mais fiel ao original traduzir “não nos deixeis cair na prova” que “na tentação”.
É incômodo, mas é assim. Nosso amor, o que tributamos a Deus e o que oferecemos aos outros, passará pela prova. Não se entende amar sem sofrer. Não se trata de uma briga a socos, nem de um desafio para super-homens. Claret esclarece isto em outros textos: Jesus não abandona ninguém, não nos deixa sozinhos, Ele acompanha, assume nossas cargas. Vai acontecer briga, mas estaremos bem acompanhados. Seu Espírito, o de nosso Pai e de nossa Mãe (como gostava de recordar Claret), lutará conosco.
Você sente a tentação de querer viver uma fé com Domingo de Páscoa sem Sexta feira Santa? A quem recorre quando as coisas se complicam? Sofre muito pelo Amado?

Fonte: Claret.org

Claret Contigo – Meditação Diária

Todos os dias uma meditação sobre o nosso padre Fundador

22 de novembro de 2019

Os Exercícios de Santo Inácio são um meio muito poderoso de que me tenho servido para a conversão dos Sacerdotes, que é certamente a empresa mais difícil; no entanto sempre vi belos resultados de muitíssimos Sacerdotes que se converteram realmente e não poucos se tornaram zelosos e fervorosos pregadores.
Aut 308

IR ATÉ O FUNDO DA ALMA

Os exercícios espirituais de Santo Inácio são uma viagem à verdade mais profunda de si mesmo, um permanente exercício de discernimento. Quem sou eu e quem é Deus? Estas são as perguntas centrais. Claret teve a oportunidade de praticar este método durante sua estadia no noviciado dos jesuítas em Roma, entre 1839 e 1840. Depois o usou em muitos exercícios que dirigiu a leigos, religiosas e sacerdotes. Referindo-se a estes últimos, assinala que sua conversão é a empresa mais difícil. Pode parecer estranho e até escandaloso, mas é mais uma das contradições da vida espiritual: quem guia a outros às vezes não se deixa guiar pessoalmente.
Hoje os meios de comunicação social difundem notícias de sacerdotes infiéis ao seu ministério. O abuso sexual a menores, embora não tenha sido mais frequente em sacerdotes que em leigos, é o que mais tem escandalizado a Igreja e a sociedade. Mas há outras muitas infidelidades que exigem a conversão como requisito para a credibilidade. Claret nos ensina não só a crer que é possível, mas a confiar em quem recebeu o dom da configuração com Cristo pastor, quando humildemente reconhecem seus limites, são transformados pela graça e recuperam sua vocação de evangelizadores.
Poucos meios são mais eficazes para viver um processo de cura que uma experiência de exercícios inacianos. Nela a Palavra de Deus nos ajuda a descobrir-nos, como criaturas, que encontram somente em Deus seu “princípio e fundamento”, a dar nome ao pecado que apaga esta relação de amor, a conhecer mais profundamente Jesus Cristo para segui-lo, a pedir o dom do amor, etc.
Em nosso mundo cheio de ruídos, a experiência dos exercícios espirituais nos ajuda, não só a nós sacerdotes, a escutar a “musica calada” de Deus no silêncio do nosso coração.

Fonte: Claret.org

Claret Contigo – Meditação Diária

Todos os dias uma meditação sobre o nosso Padre Fundador

21 de novembro de 2019

Meu desejo foi sempre morrer em um hospital como pobre, em um cadafalso como mártir, ou assassinado pelos inimigos da Religião sacrossanta que felizmente professamos e pregamos e gostaria de selar com meu sangue as virtudes e verdades que preguei e ensinei.
Aut 467

O SANGUE COMO TESTEMUNHO

Uma pessoa não acostumada com o linguajar veria nestas palavras uma gozação e um detestável masoquismo. Mas quem teve alguma experiência de amor apaixonado verá muito mais: a pessoa que é o objetivo da nossa paixão é digna de que lhe entreguemos a vida. No namoro se dá uma “mística da imitação”, que, no presente caso, é a imitação de Jesus. São Paulo, uma vez que conheceu Cristo, cultivou esta paixão, que expressou nas conhecidas palavras: “Anseio pelo conhecimento de Cristo e do poder da sua Ressurreição, pela participação em seus sofrimentos, tornando-me semelhante a ele na morte, com a esperança de conseguir a ressurreição dentre os mortos” (Fl 3, 9-10); e a outra comunidade dirá cheio de alegria e com um certo orgulho: “Estou crucificado com Cristo” (Gl 2, 19).
Claret foi um místico da “cristificação”; propôs a si mesmo imitar Jesus na humildade, obediência, mansidão e caridade, no vestuário e na comida, no modo de viajar, no não levar dinheiro, na atividade de pregar, no amor às crianças, pobres, enfermos e pecadores (cf. Aut 428-437). Desejava ainda morrer como Jesus, vendo nele um grande motivo de credibilidade da sua pregação. Como Paulo de Tarso pode dizer a seus auditórios: “Na qualidade de apóstolos de Cristo, poderíamos apresentar-nos como pessoas de autoridade. Todavia, nos fizemos discretos no meio de vós. Como a mãe a acariciar os seus filhinhos, assim, em nossa ternura por vós, desejávamos não só comunicar-vos o Evangelho de Deus, mas até a nossa própria vida, porquanto nos sois muito queridos.” (1Tes 2, 5.8).
A opção martirial esteve sempre presente na Igreja; tanto na antiguidade como em tempos recentes, foram incontáveis os crentes que “desprezaram a vida até aceitar a morte” (Ap 12,11) e que foram assassinados pela Palavra de Deus e pelo testemunho que deram” (Ap 6, 9)”. É o grande selo da credibilidade da mensagem.

Fonte: Claret.org