Oração do dia 23/01

Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Ofício das Leituras – Liturgia das horas

Segunda Leitura
Da Regra mais longa, de São Basílio Magno, bispo

(Resp. 2,2-4:PG31,914-915) (Séc.IV)

Que retribuiremos ao Senhor por tudo quanto nos deu?

Que palavra poderá verdadeiramente descrever os dons de Deus? São tantos que não se

podem enumerar. São de tal grandeza que um só deles bastaria para merecer toda a

nossa gratidão para com o Doador. Há um que a nós, seres racionais e inteligentes, seria

forçosamente impossível esquecê-lo, e pelo qual jamais o louvaríamos condignamente:

Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. Honrou-o, assim, com a reflexão. Só

a ele, dentre todas as criaturas, deu a razão. Concedeu-lhe o gozo da indizível beleza do

paraíso e o constituiu rei de toda a terra. Enganado o homem pela serpente, caído no

pecado e pelo pecado na morte e nos sofrimentos que a acompanham, nem por isto Deus

o abandonou; mas pela lei, que lhe serviria de auxílio no princípio, colocou anjos para

guardá-lo e dele cuidar. Enviou profetas para denunciarem os vícios e ensinarem a

virtude. Susteve por ameaças o ímpeto do mal, e estimulou por promessas a prontidão

para o bem. Não poucas vezes, declarou antecipadamente, em relação a várias pessoas,

qual o fim dos bons e o dos maus a fim de advertir os outros. A tantos benefícios,

porém, respondemos com a nossa rebeldia. Ele, contudo, não se afastou de nós.

A bondade do Senhor não nos abandonou. Nem mesmo pela estupidez com que

desprezamos seus dons conseguimos destruir seu amor em nós, embora desdenhássemos

nosso benfeitor. Ao contrário, fomos libertos da morte e chamados de novo à vida por

nosso Senhor Jesus Cristo. Maior motivo ainda de admiração por tanta bondade vem de

que: Sendo ele de condição divina não se prevaleceu de sua igualdade com Deus, mas

aniquilou-se a si mesmo assumindo a forma de escravo.

E não só, mas tomou sobre si nossas misérias, carregou nossas fraquezas, por nós foi

ferido para curar-nos por suas chagas; e ainda, redimiu-nos da maldição, fazendo-se

por nós maldição, sofrendo morte infamíssima para nos reconduzir à vida gloriosa.Não

se contentou em chamar os mortos à vida, quis ainda conceder-nos a glória de sua

divindade e preparar-nos um descanso eterno cuja imensa alegria supera qualquer

imaginação.

O que, então, retribuiremos ao Senhor por tudo quanto nos deu? Ele é tão bom que não

cobra remuneração, mas se satisfaz com ser amado em vista de seus dons. Quando

penso em tudo isto, para dizer o que sinto, fico horrorizado e cheio de espanto, pois, por

minha leviandade e preocupação com coisas vãs,posso perder o amor de Deus e ser

uma vergonha e um opróbrio para Cristo.

Fonte: Liturgia das Horas.

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Paróquia Imaculado Coração de Maria

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