Oração do dia 22/03

Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos celebrar de tal modo os mistérios da paixão do Senhor, que possamos alcançar vosso perdão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Ofício das Leituras – Liturgia das horas
Segunda Leitura
Do Livro sobre o Espírito Santo, de São Basílio Magno, bispo

saobasiliomagno

(Cap.15,35: PG32,127-130) (Séc.IV)

Há uma só morte que resgata o mundo e uma só ressurreição dos mortos

O desígnio de nosso Deus e Salvador em relação ao homem consiste em levantá-lo de sua queda e fazê-lo voltar, do estado de inimizade ocasionado por sua desobediência, à intimidade divina. A vinda de Cristo na carne, os exemplos de sua vida apresentados pelo Evangelho, a paixão, a cruz, o sepultamento e a ressurreição não tiveram outro fim senão salvar o homem, para que, imitando a Cristo, ele recuperasse a primitiva adoção filial.
Portanto, para atingir a perfeição, é necessário imitar a Cristo, não só nos exemplos de mansidão, humildade e paciência que ele nos deu durante a sua vida, mas também imitá-lo em sua morte, como diz São Paulo, o imitador de Cristo: Tornando-me semelhante a ele na sua morte, para ver se alcanço a ressurreição dentre os mortos (Fl 3,10).
Mas como poderemos assemelhar-nos a Cristo em sua morte? Sepultando-nos com ele por meio do batismo.Em que consiste este sepultamento e qual é o fruto dessa imitação? Em primeiro lugar, é preciso romper coma vida passada. Mas ninguém pode conseguir isto se não nascer de novo, conforme a palavra do Senhor, porque o renascimento, como a própria palavra indica, é o começo de uma vida nova. Por isso, antes de começar esta vida nova, é preciso pôr fim à antiga. Assim como, no estádio, os que chegam ao fim da primeira parte da corrida, costumam fazer uma pequena pausa e descansar um pouco, antes de iniciar o retorno, do mesmo modo, era necessário que nesta mudança de vida interviesse a morte, pondo fim ao passado para começar um novo caminho.
E como imitar a Cristo na sua descida à mansão dos mortos? Imitando no batismo o seu sepultamento. Porque os corpos dos batizados ficam, de certo modo, sepultados nas águas. O batismo simboliza, pois, a deposição das obras da carne, segundo as palavras do Apóstolo: Vós também recebestes uma circuncisão, não feita por mão humana, mas uma circuncisão que é de Cristo, pela qual renunciais ao corpo perecível. Com Cristo fostes sepultados no batismo (Cl 2,11-12). Ora, o batismo, por assim dizer, lava a alma das manchas contraídas por causa das tendências carnais, conforme está escrito: Lavai-me e mais branco do que a neve ficarei (Sl 50,9). Por isso, reconhecemos um só batismo de salvação, já que é uma só a morte que resgata o mundo e uma só a ressurreição dos mortos, das quais o batismo é figura.

Fonte: Católico Orante.

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