Oração do dia 13/08

Deus eterno e todo-poderoso, a quem ousamos chamar de Pai, dai-nos cada vez mais um coração de filhos, para alcançarmos um dia a herança prometida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Ofício das Leituras – Liturgia das horas
Segunda Leitura
Do Tratado sobre a verdadeira imagem do cristão, de São Gregório de Nissa, bispo

gregorionissa

(PG46,259-262) (Séc.IV)

Temos Cristo, nossa paz e nossa luz

É ele nossa paz, ele que de duas coisas fez uma só (Ef 2,14). Ao refletirmos que Cristo é a paz, mostraremos qual o verdadeiro nome do cristão, se pela paz que está em nós expressarmos Cristo por nossa vida. Ele destruiu a inimizade (cf. Ef 2,16), como diz o Apóstolo. Não consintamos de modo algum que ela reviva em nós, mas declaremo-la totalmente morta. Não aconteça que, maravilhosamente destruída por Deus para nossa salvação, venhamos, para ruína de nossa alma, cheios de cólera e de lembranças das injúrias, a reerguê-la, quando jazia tão bem morta, chamando-a perversamente de novo à vida.

Tendo nós, porém, a Cristo que é a paz, matemos igualmente a inimizade, para que testemunhemos por nossa vida aquilo que cremos existir nele. Se, derrubando a parede intermédia, dos dois criou em si mesmo um só homem, fazendo a paz, assim também nós, reconciliemo-nos não apenas com aqueles que nos combatem do exterior, mas ainda com os que incitam sedições dentro de nós mesmos. Que a carne não mais tenha desejos contrários ao espírito, nem o espírito contra a carne. Mas submetida a prudência da carne à lei divina, reedificados como um homem novo e pacífico, de dois feitos um só, tenhamos a paz em nós.

Na paz se define a concórdia dos adversários. Por isto, terminada a guerra intestina de nossa natureza, cultivando a paz, tornamo-nos paz e manifestamos em nós este verdadeiro e próprio nome de Cristo.

Cristo é ainda a luz verdadeira, totalmente estranha à mentira; sabemos então que também nossa vida tem de ser iluminada pelos raios da verdadeira luz. Os raios do sol da justiça são as virtudes que dele emanam para iluminar-nos, para que rejeitemos as obras das trevas e caminhemos nobremente como em pleno dia (cf. Rm 13,13). Pelo repúdio de toda ação vergonhosa e escusa, agindo sempre na claridade, tornamo-nos nós também luz e, o que é próprio da luz, resplandeceremos para os outros pelas obras.

Considerando Cristo como santificação, se nos abstivermos de tudo quanto é mau e impuro, seja nas ações, seja nos pensamentos, apareceremos como verdadeiros participantes deste seu nome, uma vez que, não por palavras, mas pelos atos de nossa vida, manifestamos o poder da santificação.

Fonte: Católico Orante.

About Author

Danubia Ravena

Coordenadora do CPP (Conselho Pastoral Paroquial), participa do Coral In Matris Corde, Integrante da Pastoral da Comunicação. Responsável pelas mídias digitais da Paróquia Imaculado Coração de Maria desde 2015. Contato: [email protected]

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