Oração do dia 06/06

Ó Deus, cuja providência jamais falha, nós vos suplicamos humildemente: afastai de nós o que é nocivo, e concedei-nos tudo o que for útil. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Ofício das Leituras – Liturgia das horas

Segunda Leitura
Dos Livros “Moralia” sobre Jó, de São Gregório Magno, papa

(Lib. 23,23-24:PL76,265-266) (Séc.VI)

A verdadeira ciência foge da soberba

Ouve, Jó, minhas palavras e escuta tudo o que digo. A ciência dos arrogantes tem isto

de próprio, que eles não sabem comunicar com humildade o que ensinam e não

conseguem apresentar com simplicidade as coisas boas que sabem. Vê-se bem, pelo

modo como ensinam, que se colocam, por assim dizer, em lugar muito elevado e olham

de cima para os discípulos, postos embaixo, à distância, e não se dignam examinar

juntos a questão mas apenas se impor.

Com razão disse deles o Senhor pelo Profeta: Vós os governáveis com severidade e

tirania. Governam, na verdade, com severidade e tirania os que não se apressam em

corrigir seus súditos, expondo-lhes serenamente as razões, mas em dobrá-los com

aspereza e predomínio.

Bem ao contrário, a verdadeira ciência foge pelo pensamento, com tanto maior ímpeto

desse vício da soberba, quanto com maior ardor persegue com as setas de suas palavras

o próprio mestre da soberba. Cuida de não apregoar por suas atitudes o vício que

procura extirpar do coração dos ouvintes, mediante as palavras sagradas. Esforça-se por

mostrar a humildade, que é a mestra e a mãe de todas as virtudes, tanto com as palavras

quanto com a vida. Deste modo procura transmiti-la aos discípulos da verdade, mais por

seu modo de ser do que pelas palavras.

Por isso, Paulo, falando aos tessalonicenses, como que esquecido das alturas de seu

apostolado, disse: Fizemo-nos pequenos no meio de vós. Também o apóstolo Pedro ao

dizer: Preparados sempre a dar satisfação a quem vos pede explicações sobre a

esperança que tendes, afirma o dever de, na própria ciência da doutrina, manter a

virtude do que ensina, acrescentando: Mas com modéstia e temor, em boa consciência.

Quando Paulo diz ao discípulo: Ordena e ensina com toda a autoridade, não fala de um

domínio, mas se refere ao dever de persuadir pela autoridade da vida. Com autoridade

se ensina aquilo que se vive antes de dizê-lo, pois não se tem confiança na doutrina

quando a consciência impede a fala. Por conseguinte, Paulo não lhe sugeriu a força de

palavras soberbas, mas a confiança da vida reta. Sobre o Senhor está escrito: Ensinava

como quem tinha poder, não como os escribas e fariseus. De modo singular e essencial

foi ele o único a pregar o bem com autoridade, porque nunca cometeu mal algum por

fraqueza. Com efeito, pelo poder da divindade, possuía o que nos ministrou pela

inteireza de sua humanidade.

Fonte: Liturgia das Horas.

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