Oração do dia 03/02

Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo o coração, e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Ofício das Leituras – Liturgia das horas

Segunda Leitura
Da Constituição Pastoral Gaudium et spes sobre a Igreja no mundo de hoje, do Concílio Vaticano II

(N.35-36) (Séc.XX)

A atividade humana

A atividade humana origina-se no homem e para o homem se ordena. De fato, ao

trabalhar, o homem não apenas modifica os seres e a sociedade, mas aperfeiçoa-se a si

também. Aprende muitas coisas, desenvolve suas faculdades, sai de si mesmo e se

supera.

Este crescimento, se bem entendido, vale muito mais que toda a riqueza que possa

ajuntar. O homem vale mais pelo que é do que pelo que tem.

Igualmente, tudo quanto os homens fazem para obter maior justiça, fraternidade mais

larga e uma ordem mais humana nas relações sociais, tem maior valor do que os

progressos técnicos. Estes podem proporcionar base material para a promoção humana,

mas, por si sós, não conseguem realizá-la.

Esta é, pois, a norma da atividade humana: que corresponda ao genuíno bem da

humanidade, de acordo com o desígnio de Deus, e permita ao homem, como indivíduo

ou como membro da sociedade, a plena realização de sua vocação.

Contudo, muitos contemporâneos parecem temer um vínculo muito estreito entre a

atividade humana e a religião. Vêem nisso um perigo para a autonomia das pessoas, das

sociedades e das ciências. Se por autonomia das realidades terenas entendemos que

toda criatura e as sociedades gozam de leis e de valores próprios, que o homem deve

gradualmente reconhecer, utilizar e organizar, tal exigência de autonomia é plenamente

legítima. Não só é exigida pelos homens de hoje, mas concorda com a vontade do

Criador. Em virtude mesmo da criação todas as coisas possuem consistência própria,

verdade, bondade, leis e ordens específicas. Deve o homem respeitá-las reconhecendo

os métodos próprios de cada ciência e técnica.

Seja-nos, portanto, permitido deplorar certas atitudes existentes mesmo entre cristãos,

insuficientemente advertidos da legítima autonomia da ciência, que levaram, pelas

tensões e controvérsias suscitadas, muitos espíritos a julgar que a fé e a ciência se

opõem.

Se, porém, por “autonomia das realidades temporais” se entende que as criaturas não

dependem de Deus e que o homem pode usar delas sem qualquer referência ao Criador,

quem reconhece a Deus não pode deixar de perceber a que ponto é falsa esta afirmação.

Porque, sem o Criador, a criatura se reduz a nada.

Fonte: Liturgia das Horas.

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Paróquia Imaculado Coração de Maria

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