Oração do dia 01/05

Ó Deus, vós que mostrais aos que erram a luz da verdade para que possam voltar ao bom caminho, concedei a todos os que se gloriam da vocação cristã rejeitem o que se opõe a este nome e abracem quanto possa honrá-lo. Por nosso Senhor, Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Ofício das Leituras – Liturgia das horas

Segunda Leitura
Do Comentário à Primeira Carta de São Pedro, de São Beda Venerável, presbítero

(Cap.2:PL93,50-51) (Séc.VIII)

Raça escolhida, sacerdócio do Reino

Vós sois a raça escolhida, o sacerdócio do Reino (1Pd 2,9). Este elogio foi feito outrora por
Moisés ao antigo povo de Deus. Agora com maior razão, o apóstolo Pedro o aplica aos pagãos
pois acreditaram em Cristo, que como pedra angular, reuniu todos os povos na mesma salvação
que fora dada a Israel.

Chama-os de raça escolhida, por causa da fé que os distingue daqueles que, rejeitando a pedra
viva, acabaram sendo eles mesmos rejeitados.

Chama-os também sacerdócio do Reino, porque estão unidos ao corpo daquele que é o supremo
rei e verdadeiro sacerdote. Como rei torna-os participantes do seu reinoe, como sacerdote,
purifica-os dos pecados pelo sacrifício do seu sangue. Chama-os sacerdócio do Reino para que
se lembrem de esperar o reino eterno e ofereçam continuamente a Deus o sacrifício de uma
conduta irrepreensível.

São ainda chamados nação santa e povo que ele conquistou (1Pd 2,9), de acordo com o que diz
o apóstolo Paulo, comentando uma passagem do Profeta: O seu justo viverá por causa de sua
fidelidade, mas se esmorecer, não encontrarei mais satisfação nele. Nós não somos desertores,
para a perdição. Somos homens de fé, para a salvação da alma (Hb 10,38-39). E nos Atos dos
Apóstolos: O Espírito Santo vos colocou como guardas para pastorear a Igreja de Deus, que
ele adquiriu com o sangue de seu próprio Filho (At 20,28).

Portanto, o sangue de nosso Redentor fez de nós um povo que ele conquistou, como outrora o
sangue do cordeiro libertou do Egito o povo de Israel.

Eis por que, no versículo seguinte, recordando o significado místico da antiga história, Pedro
ensina que ela deve ser realizada espiritualmente pelo novo povo de Deus, acrescentando: Para
proclamar suas obras admiráveis (cf. 1Pd 2,9). De fato, os que foram libertados da escravidão
do Egito por Moisés, entoaram ao Senhor um cântico de vitória, depois de terem atravessado o
mar Vermelho e afogado o exército do Faraó. Do mesmo modo, também nós, depois de termos
recebido no batismo o perdão dos pecados, devemos agradecer dignamente os benefícios
celestes.

Os egípcios que afligiam o povo de Deus, e por isso eram símbolo das trevas e tribulações,
representam muito bem os pecados que nos oprimiam, mas que foram lavados pelas águas do
batismo.

A libertação dos filhos de Israel e a sua caminhada para a terra outrora prometida, têm íntima
relação com o mistério da nossa redenção; por ela nos dirigimos para os esplendores da morada
celeste, sob a luz e direção da graça de Cristo. Esta luz da graça foi também prefigurada por
aquela nuvem e coluna de fogo que,durante toda a peregrinação pelo deserto defendeu os
israelitas das trevas da noite e os conduziu através de veredas indescritíveis para a pátria
prometida.

Fonte: Liturgia das Horas.

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