Claret Contigo – Meditação Diária

Todos os dias uma meditação sobre o nosso Padre Fundador

28 de dezembro de 2019

“Vejam só como Satanás espalhou seu último veneno sobre a sociedade; por isto vemos que a pessoa humana e a sociedade inteira se perdem por falta de luzes e de virtudes; e nós temos a obrigação de aplicar o eficaz e único remédio: que é Jesus Cristo, sua doutrina, seus sacramentos e seu sacrifício que é a missa, já que Jesus é a luz que ilumina todo homem que vem a este mundo, como diz São João. À falta de virtudes e à corrupção dos costumes devemos enfrentar com a devoção a Nossa Senhora” (Carta ascética… ao presidente de um dos coros da Academia de São Miguel. Barcelona 1862, p. 50).

ABRIR ESPAÇO PARA DEUS

Na conclusão deste livrinho, dirigido aos leigos, o Padre Claret sublinha a situação social do seu tempo que estava já envenenada pelo secularismo incipiente. Este, não reconhecendo vínculo algum entre Deus e o criado, tentava afastar a sociedade dos valores evangélicos e da visão transcendente da vida. O efeito foi um resfriamento na vivência cristã que se fez notar também na vida social.
O Padre Claret se vê obrigado a advertir a sociedade sobre o perigo deste distanciamento de Deus. Por isso, anima os leigos a viverem a presença de Jesus Cristo através do seu contato com a Palavra de Deus, os sacramentos, a Eucaristia e com uma espiritualidade mariana. Está muito consciente da importância do laicato na recristianização da sociedade. Serão eles que deverão enfrentar com todas as forças o desafio do secularismo, pois são eles que mais diretamente padecem as consequências de um sistema que quer cancelar a presença de Deus e os valores do seu Reino.
Os remédios que Claret propõe contra este perigo têm valor somente na medida em que se interiorizem. Viver a presença do divino na sociedade implica a percepção da imagem e da voz de Deus em cada pessoa e em cada acontecimento. Apresentar sua doutrina é viver seu Evangelho, escutando Jesus como um discípulo ao seu mestre. Celebrar seus sacramentos não é cumprir escrupulosamente uns ritos, mas atualizar o efeito da redenção. Viver a Eucaristia é identificar-se com o sacrifício de Jesus, com seu corpo partido por amor ao Pai e à humanidade. E a autêntica devoção mariana, última proposta de Claret, não é crescer em um devocionismo piedoso, mas viver uma filiação amorosa, fazendo “tudo que Ele vos disser” (Jo 2,5), celebrando a vida com alegria em meio à nossa luta cotidiana pelo Reino.

Como é sua vivência dos sacramentos? São eles uma obrigação rotineira ou uma forma de armar-se em sua luta contra o poder do mal?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

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