Claret Contigo – 26 de agosto

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

26 de agosto de 2020

Graça Eucarística

“No dia 26 de agosto de 1861, achando-me em oração na igreja do Rosário, em “La Granja”, às 7 da tarde, o Senhor me concedeu a grande graça da conservação das espécies sacramentais e ter sempre, dia e noite, o Santíssimo Sacramento em meu peito; por isso, eu devo estar sempre muito recolhido e devoto interiormente; e ainda devo orar e enfrentar todos os males da Espanha, assim como me disse o Senhor” (Aut 694).

“GRANDE GRAÇA”

A Eucaristia é uma “grande graça”. Nós nos acostumamos com ela. Desde pequenos fizemos a primeira Comunhão e continuamos comungando e, como acontece com a comida, pode tornar-se rotina e sem sabor. Claret nos recorda hoje que a Eucaristia é algo mais. Narra-nos uma experiência vivida já em idade avançada, quando a atividade apostólica começava a decair e as perseguições a aumentarem.

A Eucaristia é muito mais que ir à Missa, mais que receber a Comunhão. Claret nos fala de uma experiência mística que somente se concede depois de uma vida de entrega, a quem foi vivendo em profundidade a Eucaristia ao longo da sua vida. Uma experiência de grande graça que concede o Senhor. Não é qualquer coisa; por isso Claret se lembra até do dia e da hora. Mas, em que consiste? É algo profundo, interno, que enche e compromete a pessoa inteiramente.

A “grande graça” é como o ápice de uma vida em que se viveu longamente o sentido da Eucaristia. Jesus, ao concluir a missão recebida do Pai, se converte em Eucaristia: “Isto é o meu corpo entregue por vós” (Lc 22, 19). Claret, quando já empregou toda sua energia e provou todos os meios para evangelizar, recebe a “grande graça” de converter-se em Eucaristia, de ser sacrário. Não há melhor maneira de orar e de enfrentar todos os males.

A “grande graça” consiste em viver a Eucaristia até o mais profundo, até fundir-se com ela. Assim nos ensinam tantos mártires. Assim nos deixou escrito, com suas palavras e seu testemunho, Santo Inácio de Antioquia. Jesus é pão partido e repartido para dar vida plena.

Aquele que ‘despedaçou’ sua vida pelos outros está em sintonia com a Eucaristia, porque cumpriu o mandato do Senhor: “Fazei isto em minha memória”.

O que é para mim a Eucaristia? Como a vivo? Que ensinamentos me vai deixando?

Concedei-me, Senhor, viver a Eucaristia como uma “grande graça”. Concedei-me entender vossa entrega por amor e seguir-vos com uma entrega semelhante: convertendo-me em Eucaristia.

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

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