Claret Contigo – 20 de maio

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

20 de maio de 2020

“Os antigos hebreus tinham uma tradição que dizia: quando Deus criou todas as coisas, perguntou aos anjos o que lhes parecia e todos lhe responderam que tudo estava muito bem. No entanto, um dos mais sábios serafins, pedindo antes licença, disse: é preciso criar uma voz que se ouça por todos os quatro cantos da terra e que diga continuamente: Graças a Deus, Graças a Deus, Graças a Deus…” (Carta à V. M. Antônia París, 24 setembro de 1867, em EC II, p. 1203).

TUDO ESTÁ BEM FEITO

A gratidão é uma das maiores virtudes humanas e cristãs. Agradecer significa reconhecer que, se somos o que somos, o devemos a outros: a vida, a educação, a cultura, o testemunho cristão, etc. Ninguém, nem nada passou em vão por nossas vidas, embora o tenhamos esquecido, embora nunca tenhamos sabido reconhecer que tiveram e têm um papel importante em nós. Sem o favor de muitas pessoas, não seríamos o que somos.
Agradecer é sinal de humildade, é o reconhecimento de que somos limitados e precisamos de ajuda de outros. Dizia São Paulo: “O que é que você tem que não tenha recebido?” (1Cor 4,7). Agradecer produz otimismo, alegria, em nós e em quem nos tem feito o bem. É aprofundar, reforçar, fomentar o bem; reafirmar que o bom existe e por isso devemos cultivá-lo, dar-lhe vida, estimulá-lo.
Começar o dia e acabá-lo dando graças nos faz ver o positivo da vida, mesmo mantendo os pés no chão, no realismo das coisas limitadas. Dar graças pelo dom da vida, da fé, da vocação, do amor, do bem que pretendemos fazer durante o dia que temos na frente ou que fizemos ao longo do dia que está terminando. Dar graças, antecipadamente, por quem vamos encontrar ou devemos nos encontrar; pelo bem recebido e pelo que procuramos fazer.
Dar graças é valorizar e dispormo-nos em favor do bem. Porque cada pessoa é fome e pão: cada pessoa precisa das outras e pode doar-se às demais. Não há ninguém tão rico que não precise de algo, nem ninguém tão pobre que não pode dar algo. Dar graças, inclusive, porque caímos na conta do bem e, em consequência, dar graças porque somos capazes de dar graças.

Sou agradecido ou tendo a ver somente o negativo em mim mesmo, e nos demais? Minhas expressões de agradecimento são meras fórmulas de cortesia ou nascem do coração?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

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