Claret Contigo – 15 de janeiro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

15 de janeiro de 2020

“Enquanto esta casa ia sendo construída, escrevi um pequeno livro que tem como título: “Delícias do campo”, cujo conteúdo é, em embrião, a Casa de Beneficência começada. Esta pequena obra “Delícias do campo” tem sido de grande utilidade naquela Ilha…” (Aut 568)

POR UMA EVANGELIZAÇÃO INTEGRAL

Que os Bispos escrevam pastorais sobre a doutrina e sobre assuntos de religião não causa estranheza. É sua forma de comunicar-se com as bases. É uma comunicação que está claramente dentro dos limites que se consideram da sua propriedade. Estão em seu terreno. Mas que um Bispo escreva sobre assuntos tão ligados à terra, como o assunto agrícola ou sobre a justiça elementar das redes sociais (aí estão Bartolomeu de Las Casas, há 500 anos e Samuel Ruiz, Pedro Casaldáliga, Sérgio Méndez Arceo, Henrique Angelelli, Oscar Romero… em nossos tempos) produz desconcerto e até caçoada em certos âmbitos eclesiais.
Santo Antônio Maria Claret fez incursões no terreno social, não duvidando da eficácia da publicação de um livrinho que fosse útil para as pessoas menos favorecidas da Ilha de Cuba. Surpreende que um Bispo escreva sobre temas agrícolas… Mas, uma vez mais, devemos recordar o ditado: “não importa o que se faça, mas o amor com que se faz”. O amor, o zelo apostólico movia Claret a ajudar a seus irmãos, a servir de todas as formas possíveis os fiéis que a Igreja lhe havia confiado.
Há quem não aceite que a Igreja, através de seus agentes de evangelização (bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos comprometidos), aterrizem em soluções concretas; prefeririam expor o Evangelho como conselhos genéricos. Mas, se não se chegar a esta aterrizagem, em que fica o amor aos pobres? Em puras palavras?

E você da opinião dos que consideram que, quando os pastores se metem em assuntos políticos, estão ocupando um terreno que não lhes pertence? A obrigação deles é falar de Deus e algo mais, mas não de reforma agrária, nem de injustiças sociais?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

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