Claret Contigo – 14 de maio

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

14 de maio de 2020

“Amem o próximo como a si mesmos; amem-no não por sua utilidade e proveito, mas em Deus e por Deus e para o bem do mesmo próximo. Amar é querer bem; queiram pois e procurem-lhe todo bem possível: o amor ou caridade é paciente e assim devem sofrer com paciência suas moléstias e impertinências” (Carta Ascética ao presidente de um dos coros da Academia de São Miguel. Barcelona, 1862, p.8s).

O AMOR É GRATUITO E COMPREENSIVO

Com muito humor conta o jesuíta Anthony de Mello que, quando perguntaram a um jovem sobre o que mais sua noiva gostava dele, respondeu: “diz que sou alto, elegante, vivo e que bailo muito bem”. E, depois, lhe perguntaram sobre o que lhe agradava mais dela; e a resposta foi quase a mesma: “que diz que eu sou alto, elegante, vivo e que bailo muito bem”. Não é bom comentar as fábulas, pois se desvirtuam; basta-nos sublinhar que este jovem não amava, não sabia sair de si mesmo.
Os Evangelhos e o Novo Testamento em geral, manejam constantemente o conceito de gratuidade, seja com esta ou com outras palavras. O Pai faz chover sobre os bons e os maus, sem fixar-se no que merecem uns e outros. Jesus escolhe para seguidores pessoas muito limitadas: entre eles há invejas, ânsias, desejos de vingança. Não mereciam ser escolhidos. Já o antigo Israel se reconhecia como objeto do amor gratuito de Javé: “Escolheu-vos por puro amor, não porque eram…” (Deuteronomio 7,8).
O amor, se não é gratuito, não é amor, mas relação mercantil: “do ut des”. O conhecido hino da caridade ensina expressamente que o amor “não procura seu interesse” (1Cor 13,5). Amar é querer e defender o outro, procurar seu bem por ele ser quem é, por sua pessoa que é filho de Deus e irmão nosso, sem segundas intenções.
Quando olhamos a vida de Claret nos chama a atenção seu desinteressado amor para com o povo. Nos anos da Catalunha, sua entrega apostólica lhe causava perseguições, mas a ele importava mais fazer o bem que assegurar sua vida. Dos habitantes das Ilhas Canárias, que “lhe tinham roubado o coração”, como recompensa levou uns rasgões na batina. Em Cuba se consumiu pelos pobres, escravos, explorados e presos, etc. Também pelos sacerdotes, cuja retribuição econômica conseguiu melhor notavelmente; como recompensa levou para a Espanha uma boa cicatriz na bochecha e no braço. Pediu indulto para o agressor.

Experimento eu compaixão diante do sofrimento do irmão pobre e marginalizado? Como me comporto com as pessoas “difíceis”, pouco agradáveis ou ingratas?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

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