Claret Contigo – 12 de janeiro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

12 de janeiro de 2020

“A mortificação sem a oração é um corpo sem alma e a oração sem mortificação é uma alma sem corpo. Sempre devem andar juntas estas duas coisas. As rosas da oração não se criam senão nos espinhos da mortificação” (Carta ascética… ao presidente de um dos coros da Academia de São Miguel. Barcelona 1862, p. 19).

ORAÇÃO E CRUZ DE CRISTO

Quem fala hoje de mortificação? As práticas de mortificação de outros tempos estão em desuso. Quem se impõe privações? Quem faz sacrifícios ou renuncia algo como expressão de conversão e de penitência? Hoje se rejeita o voluntarismo que, na base da ascese e de práticas de mortificação, pretende alcançar a santidade. A vida mesma, se diz, nos oferece suficientes ocasiões de sacrifício, para que buscar outros sacrifícios ou penitências?
Sem dúvida, a santificação não provém de nossas obras, nem de nossas penitências. É o Espírito Santo quem age, o verdadeiro protagonista do nosso progresso espiritual. O Espírito Santo, no entanto, exige nossa colaboração, nossa acolhida e nossa prática das suas inspirações. Apoiar as inspirações do Espírito exige um esforço de conversão, de superação do pecado, um domínio de si mesmo. Ninguém espontaneamente controla os impulsos da sua agressividade, do seu afã de poder, a sua afetividade. Nossa natureza, por sua parte, nos leva na direção contrária à exigida pela caridade, o exercício prático do amor a Deus e aos irmãos.
Como discípulos de Jesus cremos em Deus Pai, esperamos em sua promessa de salvação, amamos o próximo como Ele nos ama. Viver como cristãos nos leva a obedecer aos mandamentos de Jesus, a assumir suas atitudes; mas a graça exige acolhida. A graça tem sempre o primeiro lugar. Mas não é possível viver cristãmente sem algumas renúncias. De nada nos servirá a assistência do Espírito se não tentamos traduzi-la em ir superando tudo o que nos impede crer, em resistir à tentação, em dominar nossos impulsos menos humanos e em viver na caridade.

Você acha que assume sua vocação cristã em sua totalidade, ou é um cristão “a la carte”? Sabe distanciar-se criticamente da sedução pela sociedade de consumo e optar pelo Evangelho, incluindo sua chamada a levar a Cruz?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

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