Claret Contigo – 05 de janeiro

Claret Contigo – 05 de janeiro

Todos os dias uma meditação sobre o nosso Padre Fundador

05 de janeiro de 2020

“O que mais e mais me move sempre é contemplar Jesus Cristo quando vai de um povoado a outro, pregando por todas as partes”. (Aut 221)

CONTEMPLANDO JESUS

Sendo eu noviço ouvia nosso mestre repetir com alguma frequência: “Não só os verbos, às vezes são mais importantes os advérbios”. Desde então comecei a entender que não só se trata de “fazer” determinadas coisas, mas, sobretudo, fazê-las “bem” feitas. O verbo ficava qualificado positiva ou negativamente pelo advérbio, porque uma mesma ação se pode fazer “perfeitamente” ou “deficientemente”, e são duas coisas distintas, embora por fora vistam a mesma roupa.
Lembrei-me daquele fato lendo a frase de Claret que comentamos e minha atenção se deteve, sobretudo, nos dois advérbios: “mais” e “sempre”.
• “Mais” pode ser entendido de duas maneiras: como “cada vez mais”, isto é, como uma intensificação da motivação, como um crescimento ininterrupto da sua força; ou como “o que mais” o tem movido em sua vida, acima de outras razões estimulantes. Estes dois efeitos se ativam na vontade de quem olha Jesus com fé e com amor. Somente se assim se olha. Quem o faz é impelido por uma força interior em uma indomável tensão de santidade. O “mais” é advérbio insubstituível na vida de seguimento.
• “Sempre”. Para muitos se trata de uma palavra hoje maldita. Preferimos dizer “até que…”. Mas, apesar de todas as desconfianças, existem no coração humano forças misteriosas que não são cálculos. Há razões cujas raízes contêm germes inexplicáveis de permanência diante de toda lógica. Perguntem a uma mãe de um filho desenganado, perguntem aos mártires… quando alguém tem sido ferido pela amizade com Jesus, sua ferida é incurável.

Recomendo ao leitor desta reflexão que se atreva pedir a Deus aqueles olhos que, quando olharem para Jesus, despertem em sua alma uma sede insaciável de amor e de entrega. E, se não se atrever a fazê-lo, pergunte-se por quê.

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf