Claret Contigo – 02 de março

Todos dos dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

02 de março de 2020

“E vós, Minha Mãe, quereis que eu, sendo um irmão destes infelizes, olhe com indiferença sua fatal ruína? Ah! não, nem o amor que tenho a Deus, nem o amor ao próximo podem tolerar isto; pois, como é possível eu tendo caridade ou amor de Deus, ao ver meu irmão necessitado, não o socorra? (Aut 158).

AMOR A DEUS E AO IRMÃO

A pergunta que inicia a frase é retórica, não é uma autêntica pergunta, mas uma reafirmação de uma convicção. Supõe a resposta que sublinha a seguir. “Deus” e “próximo-irmão” são duas palavras que sempre aparecem unidas no vocabulário de Claret. É impossível separá-las.
Nesta oração que Claret dirige a Maria, sua Mãe querida, vemos vários detalhes, que se convertem em autênticas lições de vida. Entre outros, estes:
•Aquela religiosidade mariana que excluía o amor concreto, expressivo, com palavras e obras para com o próximo necessitado, não é uma religiosidade evangelicamente sadia e nem sequer uma religiosidade desejável. Tem um defeito capital: ninguém pode sentir-se filho de Maria se não se sente, ao mesmo tempo, irmão do próximo.
•A indiferença é certamente um vírus sutil, mas muito daninho, que impossibilita tanto o nascimento do amor. É cegueira do coração diante da necessidade do próximo. Era a enfermidade que padecia o rico Epulão; afetava-lhe a vista e o impossibilitou de ver o pobre Lázaro diante da porta da sua casa. Não nos consta que o rico tenha feito alguma coisa a Lázaro. E, diante da eterna pergunta de Deus dirigida primeiro a Caim e depois a todos: “Onde está o teu irmão?” a surdez foi um pretexto que Deus não atendeu.
•Duas ações recomendáveis para quem procura viver como cristão: “ver” e “fazer”. Nesta mesma ordem e sem deixar que nada interrompa a sequência: se unem assim a mística dos “olhos abertos” e a ação das “mãos trabalhadoras”. Esta é a dinâmica da compaixão.

Convidamos o leitor a perguntar-se se seu relacionamento com Maria o tira da sua indiferença e o leva à compaixão. Poderia mostrar para você mesmo as razões da sua resposta?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

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