Claret Contigo – 01 de setembro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

01 de setembro de 2020

“Estou com a mesma ideia que já disse a Vocês na noite de nossa partida de Prades, de ir a Roma. Eu não lhes posso ser útil a Vocês, nem Vocês a mim; pelo contrário, creio que mutuamente nos prejudicamos, sem querer é claro. Eu sou um ente misterioso, sou como um fugitivo, como um que se esconde da justiça e não sabemos quanto tempo durará”. (Carta ao Pe. José Xifré, 15.8.70, em EC II, p. 1484s).

CLARET, UM “FUGITIVO”

Claret está a pouco mais de um mês da sua morte. Não o sabe, mas pressente. Sua saúde está minada, alquebrada. Viveu uma vida intensa, plena e entregue, viveu e se desviveu para que outros tivessem vida.

Claret foi um homem entregue à sua vocação: ser ‘Missionário Apostólico’. No dia 9 de julho de 1841, a Santa Sé lhe havia concedido este título. Embora fosse considerado um título honorífico, Claret o interpretou como uma definição da sua identidade, como na Bíblia a imposição de um nome novo significava um novo desígnio vocacional. Claret se sente enviado e coloca sua vida a serviço do Evangelho ao estilo dos Apóstolos, em vida fraterna, pobreza, disponibilidade e itinerância.

Madre Maria Antônia Paris, por experiência interior, sem conhecer ainda Claret, já lhe havia dado este título: “Estando uma noite em oração, me disse Nosso Senhor apontando-me com o dedo Padre Claret como se eu o visse ali, entre Nosso Senhor e eu: ‘Este é, filha minha, aquele homem apostólico que com tantas lágrimas, por tantos anos seguidos você me pediu’” (Autob. M. París, nº19).

Agora Claret, desterrado e perseguido, sozinho, enfermo e procurado, vendo-se como um fugitivo da justiça por motivos que não têm nada a ver com ele, não quer prejudicar seus Missionários. Mostra uma vez mais toda sua grandeza de espírito: prefere distanciar-se para que, se prendem alguém, seja somente ele.

Já em carta a Madre Maria Antônia Paris, de 21 de julho de 1869, a 15 meses da sua morte, em plenos trabalhos do Concílio Vaticano I, lhe diz: “Podemos dizer que já se cumpriram sobre mim os desígnios que tinha o Senhor. Bendito seja Deus, oxalá, o que tenha feito, tenha sido do agrado de Deus” (EC II, p. 1411).

Poderei dizer eu no final da minha vida, como o fez Claret, que cumpri o sonho de Deus sobre mim? Por onde teria que começar para que isto seja uma realidade?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

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