Claret Contigo – 23 de fevereiro

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

23 de fevereiro de 2020

“Pão nosso. Pão material. Pão eucarístico. Pão de doutrina. Pão da graça. Pão nosso, porque deve ser ganho com o suor do nosso rosto. Devemos nos preparar. Devemos nos aplicar. Devemos cooperar. Então nos faremos credores deste pão e será nosso” (O santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus, anotado por… Barcelona 1859, p. 47, nota).

CASA DO PÃO

O Padre Claret entende o “pão nosso” tanto em sentido espiritual como material: a Eucaristia e o alimento de cada dia. Jesus ensina seus discípulos a pedirem ao Pai “dai-nos hoje nosso pão de cada dia”. Este não é um pão caído do céu milagrosamente pelo Pai. Antes, segundo Claret, é fruto do “suor do nosso rosto”. Por isso, o pedido de alimento diário tem tanto de confiança em Deus quanto de compromisso nosso por procurá-lo; sem a confiança e o compromisso não podemos abençoar a mesa.
O trabalho é uma virtude; significa luta contra a fome e a morte. Desde o agricultor até o executivo aristocrata, a todos obriga a lei do trabalho. A Bíblia apresenta o trabalho não só como maldição (cf. Gn 3,18), mas também como condição normal da vida humana (cf. Gn 2,15). Jesus, trabalhador manual durante algum tempo, se apresenta ao Pai como um constante trabalhador (cf. Jo 5,17). E Paulo deseja que em suas comunidades haja uma sadia e tranquila laboriosidade (cf. 1Ts 4,11).
Claret entendeu o trabalho, sobretudo o trabalho apostólico, como uma forma de seguir Jesus Cristo: “orar, trabalhar e sofrer” (Aut 494). Mas o trabalho também pode viciar-se, buscando nele somente o enriquecimento próprio e não solidário. O trabalho de Claret era por e para os demais, nunca a mera busca de um salário. Já Paulo ensinava que “é preciso trabalhar para sustentar os necessitados” (At 20.35). Conseguir dinheiro e o pão de cada dia não deve ser feito esquecendo-se dos demais.
Atualmente as condições laborais estão exigindo uma sadia relação dos trabalhadores entre si e com o patrão ou empresário, para que o trabalho fique dignificado pela fraternidade e pela justiça. Somente assim poderemos comer com paz o “pão de cada dia”, em comunidade ou em família.

“Dai-nos hoje nosso pão” deve ser uma oração ao céu e um compromisso com a terra. Qual é sua atitude com respeito ao trabalho? Como são suas relações laborais?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

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