Claret Contigo

Claret Contigo – 17 de maio

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

17 de maio de 2020

“O Senhor (…) é o caminho com o bom exemplo que nos deu e continua dando-nos, indo adiante de nós com a prática das virtudes, fazendo e ensinando; e nós, se realmente somos cristãos, não podemos deixar de segui-lo e imitá-lo. Ele é a mesma verdade como nos ensina em seu santo Evangelho. Finalmente, é vida que nos faz viver na vida da graça se observamos sua doutrina, porque suas palavras são para nós espírito e vida: e, além disso, se recebemos os santos sacramentos, particularmente a Eucaristia, em que está o pão da vida” (Carta ascética ao presidente de um dos coros da Academia de São Miguel. Barcelona, 1862, p. 21)

CAMINHO, VERDADE E VIDA

Há nos evangelhos muitos chamados à conversão e a levar uma vida simples e sincera para conseguir o objetivo da santidade. Talvez este texto que nos oferece Claret não tenha sido lido atentamente. Talvez não tenha caído na conta de que é um dos textos mais profundos de toda a revelação cristã (cf Jo 14,6).
Convém trazê-lo constantemente à memória e ao coração e meditar sem cessar, pelo menos uma ou mais vezes ao dia, durante sua jornada de trabalho ou de descanso. Pode aprendê-lo de cor e fazê-lo objetivo da sua oração, parafraseando, mais que com a língua, com o coração estas palavras da Beata Teresa de Calcutá, feitas oração: Senhor Jesus, doce irmão e amigo, eu sei e eu creio firmemente que vós sois para mim o amor que devo amar, o caminho que devo percorrer, a verdade que devo dizer, a vida que devo viver e o amor a quem devo amar.
O cristão é uma pessoa que busca, ou deve buscar, continuamente a Deus; e o caminho desta busca é Jesus de Nazaré, que se fez caminho para este mundo descarrilado. Oxalá você, como crente, escolha este caminho certo e não outros caminhos que podem conduzi-lo à perdição. O cristão é o escolhido e predestinado que tem fome e sede de verdade e de vida. Para você, e para todo homem ou mulher de boa vontade, o Senhor é a verdade e a vida. Não busque a verdade e a vida lá onde reina a mentira e a morte.

Sua proximidade ao Filho de Deus e de Maria será garantia de acerto, de paz e de glória. Aproxime-se do caminho do Evangelho: nele encontrará o caminho seguro, a verdade que não falha e a vida verdadeira: a vida eterna.

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 16 de maio

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

16 de maio de 2020

“O assassino foi pego em flagrante e foi levado ao cárcere. Contra ele foi feita uma acusação e o juiz o condenou à morte, mesmo depois de eu ter declarado que o havia perdoado, como cristão, como sacerdote e como arcebispo” (Aut 583).

PERDÃO GENEROSO

O autor do atentado que sofreu o Arcebispo Claret em Holguín foi condenado à morte. Mas é interessante conhecer os detalhes precedentes e os que seguiram este fato. Acontece que o mesmo Claret um ano antes havia intercedido por ele, sem conhecê-lo, a pedido dos familiares, para que o libertassem do cárcere onde se encontrava. Uma vez livre, o facínora tramou o atentado contra o Arcebispo e o levou a efeito. Depois do atentado, condenado à morte, alcançou também o indulto da pena de morte graças à intervenção de Claret e foi enviado ao presídio de Ceuta (norte da África), para cumprir uma condenação de dez anos.
O Arcebispo Claret outorgou seu perdão sem impor condições a quem o queria matá-lo. “Pai, perdoai-os, porque não sabem o que fazem”, disse Jesus na cruz. Claret, identificado com Jesus Cristo, concedia seu perdão sem restrições a este homem que atentou contra sua vida e a tantas outras pessoas que o odiavam e o caluniavam sem outra razão que a de ser um homem de Deus entregue sem trégua à causa do Evangelho.

Certamente nem todos nós recebemos uma navalhada no rosto, como o Arcebispo Claret. Mas todos nós experimentamos o fio de alguma espada que nos partiu o coração: uma ingratidão, um insulto, um esquecimento, uma calúnia, uma infâmia. São as dores da alma com as quais devemos aprender a conviver: não para que sejam uma ferida aberta, mas uma ferida superada. E esta superação não acontece por esquecimento da ofensa (isto seria negar a memória, que é dom de Deus), mas pela generosidade do perdão. Viver sem rancor é um dos segredos para viver feliz, apesar de certas recordações amargas.

Você consegue perdoar sempre, de coração, a quem o ofendeu?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 15 de maio

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

15 de maio de 2020

“Aquele que procura a perfeição da via unitiva deve praticar três coisas: orar heroicamente, heroicamente trabalhar e heroicamente padecer” (O amante de Jesus Cristo. Barcelona, 1848, p. 104).

ORAR, TRABALHAR E PADECER

Por que Claret escolhe estes três verbos na hora de recomendar as práticas que ele considera infalíveis para quem deseja alcançar a perfeição? A resposta talvez a encontramos no seguinte fato da sua vida: no ano de 1847 o Padre Claret recebeu de presente, um livrinho francês chamado O Amante de Jesus Cristo, do Padre Jean Antoine Pelissier. Este livro, que ele leu em francês (ou em italiano, segundo outros), lhe produziu uma grande impressão e quis traduzi-lo e o publicou em espanhol no ano seguinte.
Na introdução de dito livrinho, Claret explica: “De um modo semelhante ao que aconteceu com o Profeta Ezequiel aconteceu comigo: um amigo veio me visitar… deu-me um livrinho, dizendo que era muito bom… Para não ficar sem jeito, aceitei o livro e em meio às minhas muitas ocupações, procurei lê-lo; mas, ó meu Jesus, o que achei eu! Neste livrinho, como naquele campo do evangelho, está escondido o tesouro do divino amor. Neste livrinho, como em um mapa, veio traçado o caminho que devo seguir para amar a Jesus Cristo…”.
O livrinho fala de um personagem imaginário que deseja imitar Jesus Cristo. Em uma primeira etapa, este personagem começa descobrindo Deus na oração. Esta oração profunda o leva, em um segundo momento, a colocar-se em contato com os homens para comunicar-lhes sua experiência de Deus. Em um terceiro momento, este personagem cai em uma longa e pesada série de enfermidades e perseguições que o levarão a identificar-se com a Paixão do Senhor, o que o conduzirá aos cumes da santidade.

Naqueles tempos Claret escrevia: “Cada dia dedico uma hora a traduzir um belo livrinho chamado ‘O Amante de Jesus Cristo’ (dos mais belos que li em minha vida)”. Na publicação do livro em castelhano aparecem outros “Avisos para os que aspiram à perfeição” (talvez escritos por Claret mesmo). E é aí onde aparecem os três verbos: “Quem aspira à perfeição da via unitiva deve praticar três coisas, isto é: orar heroicamente, heroicamente trabalhar e heroicamente padecer”.

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 14 de maio

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

14 de maio de 2020

“Amem o próximo como a si mesmos; amem-no não por sua utilidade e proveito, mas em Deus e por Deus e para o bem do mesmo próximo. Amar é querer bem; queiram pois e procurem-lhe todo bem possível: o amor ou caridade é paciente e assim devem sofrer com paciência suas moléstias e impertinências” (Carta Ascética ao presidente de um dos coros da Academia de São Miguel. Barcelona, 1862, p.8s).

O AMOR É GRATUITO E COMPREENSIVO

Com muito humor conta o jesuíta Anthony de Mello que, quando perguntaram a um jovem sobre o que mais sua noiva gostava dele, respondeu: “diz que sou alto, elegante, vivo e que bailo muito bem”. E, depois, lhe perguntaram sobre o que lhe agradava mais dela; e a resposta foi quase a mesma: “que diz que eu sou alto, elegante, vivo e que bailo muito bem”. Não é bom comentar as fábulas, pois se desvirtuam; basta-nos sublinhar que este jovem não amava, não sabia sair de si mesmo.
Os Evangelhos e o Novo Testamento em geral, manejam constantemente o conceito de gratuidade, seja com esta ou com outras palavras. O Pai faz chover sobre os bons e os maus, sem fixar-se no que merecem uns e outros. Jesus escolhe para seguidores pessoas muito limitadas: entre eles há invejas, ânsias, desejos de vingança. Não mereciam ser escolhidos. Já o antigo Israel se reconhecia como objeto do amor gratuito de Javé: “Escolheu-vos por puro amor, não porque eram…” (Deuteronomio 7,8).
O amor, se não é gratuito, não é amor, mas relação mercantil: “do ut des”. O conhecido hino da caridade ensina expressamente que o amor “não procura seu interesse” (1Cor 13,5). Amar é querer e defender o outro, procurar seu bem por ele ser quem é, por sua pessoa que é filho de Deus e irmão nosso, sem segundas intenções.
Quando olhamos a vida de Claret nos chama a atenção seu desinteressado amor para com o povo. Nos anos da Catalunha, sua entrega apostólica lhe causava perseguições, mas a ele importava mais fazer o bem que assegurar sua vida. Dos habitantes das Ilhas Canárias, que “lhe tinham roubado o coração”, como recompensa levou uns rasgões na batina. Em Cuba se consumiu pelos pobres, escravos, explorados e presos, etc. Também pelos sacerdotes, cuja retribuição econômica conseguiu melhor notavelmente; como recompensa levou para a Espanha uma boa cicatriz na bochecha e no braço. Pediu indulto para o agressor.

Experimento eu compaixão diante do sofrimento do irmão pobre e marginalizado? Como me comporto com as pessoas “difíceis”, pouco agradáveis ou ingratas?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 13 de maio

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

13 de maio de 2020

“Eu me digo a mim mesmo: Um Filho do Imaculado Coração de Maria é um homem que arde em caridade e que abrasa por onde passa; que deseja eficazmente e procura por todos os meios inflamar o mundo inteiro no fogo do divino amor…” (Aut 494).

AMOR QUE IRRADIA E SE FAZ ENTREGA

Dificilmente alcançaremos as metas propostas se não nos entusiasma o objetivo que temos à nossa frente. O verdadeiro entusiasmo não desaparece diante das dificuldades, mas amadurece e se fortalece. Um entusiasmo com estas características nasce do interior da pessoa e se expressa de formas diversas através de suas atitudes e ações. Desta índole é o entusiasmo que funda suas raízes na experiência do amor de Deus. Converte-se em fogo dentro do coração da pessoa e a faz capaz de irradiar o calor que leva dentro e romper o gelo da indiferença ou da exclusão que ameaça a muitos na sociedade de hoje.
Quem se sentiu profundamente amado não tem medo de deixar que seja o amor o que determine a agenda da sua vida. A experiência do amor de Deus está na base de todo compromisso cristão. Do contrário, não seria mais que uma estratégia para aumentar as bases do poder de uma Instituição, mesmo se esta for a Igreja. Por isso, “deseja” e “procura, nunca impõe. O verdadeiro amor é aquele que deixa a liberdade ao outro de acolhê-lo ou não, é aquele amor que encontra sentido em “dar” e em “dar-se” porque assim aprendeu daquele que ama sempre incondicional e gratuitamente.

Ao redor do fogo do amor se reúnem a família e os amigos à procura deste calor que prepara para viver com sentido cada uma das etapas da vida. Deus é amor. Por isso, sua presença cria sempre espaços de liberdade e capacita para amar. O que “arde em caridade” não tem medo de amar; e mais, se sente chamado a partilhar este amor que lhe foi oferecido gratuitamente.

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 12 de maio

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

12 de maio de 2020

“A caridade é a rainha das virtudes, é como o sol entre os astros, é como o ouro entre os metais, é a que dá vida a todas as virtudes; mas, se falta caridade, falta tudo, nada serve, como diz o Apóstolo” (Carta ascética… ao presidente de um dos coros da Academia de São Miguel. Barcelona, 1862, p. 13)

CENTRALIDADE DO AMOR

Quem não experimentou a diferença entre a fria atenção de um funcionário que trabalha por obrigação e a atenção personalizada de quem assume seu trabalho como um serviço ao irmão? Em nossa sociedade, nós somos um paciente, um cliente, um passageiro e nos sentimos tratados como seres anônimos, como números. Às vezes inclusive recebemos um número, uma senha, com o qual somos identificados, chamados, atendidos. Certamente são resolvidos nossos problemas e nos oferecem o que precisamos, mas o que somos, o que sentimos, minha pessoa, meu eu não é levado em consideração, não interessa.
Nós mesmos damos uma esmola a um pobre e nos esquecemos dele, pretendemos aliviar uma necessidade e ficamos tranquilos, mas não nos importa, nem nos interessa saber quem é, o que faz, porque chegou a esta situação de necessidade verdadeira. Podemos fazer grandes coisas, resolver grandes problemas da humanidade, mas se falta a caridade, se não há amor, tudo fica pelo caminho.
Jesus chega ao coração de cada um porque se dirige pessoalmente a cada um: é o jovem rico, é a mãe viúva, é Maria Madalena, é Pedro a quem Jesus fala. De alguns sabemos seus nomes, porque eram conhecidos para a comunidade cristã; mas para Jesus não há seres anônimos. Ele não dá sua vida pelo gênero humano, não morre na cruz pela humanidade de um modo abstrato, Ele fala a você, morre por você, salva você, quer a você pessoalmente.
“Mais além da aparência exterior do outro, diz Bento XVI, descubro o desejo interior de um gesto de amor, de atenção, que não lhe faço chegar somente através das organizações encarregadas disto, ou por exigências políticas. Ao vê-lo com os olhos de Cristo, posso dar ao outro muito mais que coisas externas necessárias: posso oferecer-lhe meu olhar de amor que ele precisa”.

Você já se perguntou alguma vez pela vida das pessoas que o rodeiam? Você se interessou pelos seus problemas, pela sua situação familiar, ou pelos sentimentos de quem se relaciona com você ou pelas pessoas que encontra ao longo do dia?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 11 de maio

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

11 de maio de 2020

“Como minha viagem a Roma não era um passeio, mas para trabalhar e sofrer por Jesus Cristo, achei que devia procurar o lugar mais humilde, mais pobre e em que tivesse oportunidade de sofrer mais” (Aut 130).

SEGUINDO CRISTO POBRE E HUMILDE

Claret ia a Roma para oferecer-se e ser enviado às missões em qualquer país do mundo. E procurou no navio o lugar mais humilde e pobre, que, efetivamente, lhe deu a oportunidade de sofrer. Pagou a passagem que lhe dava direito de estar na proa, o lugar mais barato e mais pobre do navio. E se dispôs a passar a noite sentado sobre um rolo de cordas, apoiando a cabeça sobre um canhão de artilharia.
Enquanto pensava em Jesus descansando sobre a barca no lago de Genesaré, dormindo sobre uma almofada (cf Mc 4,38), uma forte onda molhou-o da cabeça aos pés e também sua bagagem: uma camisa, um par de meias, um lenço, uma navalha de barbear, um pente, um pão e um pedaço de queijo, que era todo alimento para os cinco dias de navegação de Marselha (França) a Civitavecchia (Itália).
Claret vivia pobremente para que sua vida fosse um testemunho contra o afã de riquezas. Contemplava nos Evangelhos como Jesus não economizava pobrezas, trabalhos, nem sofrimentos, para cumprir a missão que lhe havia encomendado o Pai em prol da humanidade e queria imitá-lo.
Por isso, ao escrever a Definição do Missionário, saiu da sua própria vida esta frase: “o missionário não pensa senão em como seguir e imitar Jesus Cristo no trabalhar, no sofrer e no procurar sempre e unicamente a maior glória de Deus e a salvação das almas” (Aut 494).

Em nossos dias, quando o povo procura trabalhar pouco e ganhar muito, não sofrer nada e gozar sem limites, é lógico que “Claret contigo” lhe pergunte se você valoriza o trabalho e se aceita bem o sofrimento inevitável em sua vida cotidiana, seguindo Jesus para melhorar a vida de todos.

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 10 de maio

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

10 de maio de 2020

“Em meio a esta grande confusão de coisas, ouvindo a santa Missa um dia, lembrei-me de ter lido desde muito pequeno aquelas palavras do Evangelho: de que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e vier a perder sua alma? Esta sentença me causou uma profunda impressão, foi para mim como uma seta que me feriu o coração” (Aut 68)

A FORÇA DA PALAVRA

Claret tinha vinte anos quando, enquanto os teares o distraíam na Missa, lembrou-se destas palavras de Jesus. Na época fazia estudos de especialização na arte do tecido, que o fascinava.
Segundo os Evangelhos sinóticos (Mc 8, 37; Mt 16, 26; Lc 9, 25), Jesus disse aos primeiros discípulos esta frase: “de que serve ao homem ganhar o mundo inteiro se vier a perder a sua alma?” para que não se enganassem com ideias e planos que pudessem impedi-los de segui-lo e continuar com sua Causa. Esta afirmação de Jesus ficou nos Evangelhos e em Claret aconteceu o que a todos nós acontece quando colocamos todo o coração em tantas coisas ou afeições e projetos que absorvem nossos ideais e a energia vital, e enfraquecemos nossa relação com Deus, com Jesus e com o próximo.
Em estado de grande confusão de coisas, ao jovem Claret Jesus lhe pediu o coração e o colocou em estado de conversão. Assim começou sua formidável transformação. E a nós, a quem Claret conta sua experiência, questiona a necessidade que temos todos nós de conversão pessoal a Jesus e à sua Causa.

Sem abrir o próprio coração a Jesus, para que seu Espírito nos mova a segui-lo, vivendo seu Evangelho e seguindo sua Causa em nossa vida cotidiana, nosso cristianismo se deteriora; e entra em crise nossa Igreja.

Não será a falta de conversão pessoal a Jesus e a seu Projeto de vida a causa maior das crises da Igreja em nossos dias?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 09 de maio

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

09 de maio de 2020

“Sinto escrúpulo gastar para mim, recordando que há necessidades para remediar” (Aut 10).

PENSANDO NOS MAIS POBRES

Na terra temos bens suficientes para que todos os seres humanos vivam com dignidade. Mas a avareza das pessoas e das empresas mantêm uma população muito grande em situações desumanas de saúde, de casa, de educação, etc.
Enquanto uns nadam na abundância, outros não têm o imprescindível para viver. Menos de 15 por cento da humanidade possui mais de 85 por cento dos recursos. É uma desigualdade intolerável que clama aos céus.
Os sentimentos que expressa Claret são muito nobres e instrutivos: “Tenho escrúpulos gastar para mim, recordando que há necessidades para remediar”. Sabe-se que, em certa ocasião, em sua casa de Madri, comeu com ele um sobrinho seu, a quem em dado momento disse: “você deve ter observado que não bebo vinho; não é porque não gosto, mas para economizar mais e assim poder socorrer mais gente”.
Certamente a privação em Claret tinha também outras motivações: a liberdade pessoal que se adquire mediante o controle de si mesmo, o chamado a evangelizar relativizando o valor das riquezas e, sobretudo, a mais perfeita imitação do modo de vida de Jesus e dos Apóstolos; mas o aspecto da solidariedade nunca estava ausente.

Enquanto existirem necessidades para remediar, devemos questionar nossos gastos, nosso consumo, enfim, nosso nível de vida. Devemos perguntar-nos como podemos ser mais solidários e repartir melhor a riqueza do planeta.

Quando estou a ponto de gastar algo para mim, penso se realmente é necessário?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

Claret Contigo – 08 de maio

Todos os dias uma meditação sobre as palavras de nosso Padre Fundador

08 de maio de 2020

“Muitos dos primeiros cristãos renunciavam às coisas deste mundo para seguirem melhor a Jesus Cristo. E não se pode entrar no céu sem ser e ter sido pobre, pelo menos de espírito” (Religiosas em suas casas ou Filhas do Santíssimo e Imaculado Coração de Maria. Barcelona, 1850, p. 122. Edição crítica, Madrid 1990, p. 173s).

DESPRENDIMENTO

Renunciar significa optar por algo ou por alguém mais importante daquilo que se deixa. Se renunciamos a um trabalho é porque encontramos outro melhor remunerado ou em melhores condições. Em uma família, uns pais renunciam ao seu descanso e a muitas de suas comodidades para atenderem a seus filhos a quem amam. Toda opção importante supõe uma renúncia. E ser discípulo de Jesus implica também renunciar. Não se trata de fazê-lo a força. A renúncia forçada se torna manca, não é possível.
A parábola do tesouro escondido explica muito bem o que é a renúncia para um cristão: “O Reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo e um homem ao encontrá-lo, esconde-o e, feliz pelo achado, vai e vende tudo o que tem e compra aquele campo” (Mt 13, 44).
Porque somente desde a alegria se pode vender tudo e renunciar o resto para comprar o campo que contém o tesouro. Ao optar por Jesus, o que recebemos é infinitamente maior do que o que deixamos. E quando a alegria toma conta de nós, não é verdade que contagiamos aos que nos rodeiam?

Você não conhece pessoas que, embora muito pobres economicamente irradiam felicidade? Talvez seja um bom momento para agradecer e pensar na alegria que temos pelo fato de conhecer a Jesus.

O que custou em minha vida seguir Jesus? Vivo com um coração agradecido, como alguém que encontrou o melhor tesouro?

Tradução: Padre Oswair Chiozini, cmf