Claret Contigo – 09 de março

Todos os dias uma meditação sobre as palavras do nosso Padre Fundador

09 de março de 2020

“Quando tiver que corrigir alguém, use doçura, que para isto é muito eficaz. É a doçura a grande servidora da caridade e sua companheira inseparável. A repreensão, considerada sua natureza, é amarga; mas, temperada com doçura e cozida no fogo da caridade, é cordial, amável e deliciosa. Não nos esqueçamos daquele provérbio que diz: “mais moscas se pegam com uma gota de mel que com um barril de vinagre” (Carta ascética… ao presidente de um dos coros da Academia de São Miguel. Barcelona 1862, p.10).

CORRIGIR COM DOÇURA

“Quem o bem quer o fará chorar”, diz o refrão, para indicar que o verdadeiro carinho não consiste só em dar satisfação, responder, consentir; também, às vezes, se deve repreender e corrigir a quem queremos bem quando erra, embora isto seja motivo de dor. Um adágio latino dizia: “quem ama bem, castiga bem”. Para São Agostinho, um homem pode ser piedoso castigando e pode ser cruel perdoando. O pai ama mesmo quando castiga; o filho não quer ser castigado, mas o pai não atende a vontade momentânea do filho, porque olha o que é bom ao filho; em troca, é cruel aquele pai que perdoa um filho indisciplinado e, no entanto, dissimula e teme ofender seu filho com a normal aspereza da correção (Sermão 13, 9).
A correção é necessária; não pretende humilhar, obrigando reconhecer o erro ou o pecado. Não se deve corrigir a ninguém porque nos incomoda o que faz ou o que diz, ou porque não responde a nossas expectativas. A correção deve procurar o bem de quem é corrigido, deve ajudá-lo a refletir, a tomar consciência de si mesmo. Neste caso é uma demonstração de caridade, de amor, porque faz ver que esta pessoa realmente me interessa, não me é indiferente. Quando se faz assim, com delicadeza, com respeito, quem recebe a correção geralmente reconhece e agradece. Em troca, ninguém aceita de bom grado as críticas quando descobre nelas maldade, ou quando percebem ataque ou crítica interesseira. Em tais casos, o que é corrigido reage com agressividade e a correção é contraproducente.

Quando você faz uma crítica, uma correção, ou discute com alguém, você quer ajudar a outra pessoa ou o que procura é impor sua vontade ou critério?

Tradução: Padre Oswair Chiozini,cmf

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